quarta-feira, abril 12, 2023

A Páscoa e os cativeiros a serem vencidos

A PÁSCOA E OS CATIVEIROS A SEREM VENCIDOS Prof. Severino Vicente da Silva Semana da Páscoa deste ano põe em celebração conjunta os judeus, que reverenciam a ação mosaica em liderar seu povo a sair do cativeiro faraônico; a celebração cristã da ressureição de Jesus Cristo após sua paixão e morte, com as celebrações do povo cigano, amante da liberdade e cultuador de Jesus Cristo, em constante movimento por ser rejeitado por muitos povos que se autointitulam cristãos. Os cristãos, semelhantemente a Jesus, são sempre rejeitados por que Jesus sempre foi visto entre os menores e sem poderes da terra. A vida de Jesus é alegre, dispersadora de bondade, ocupado em cuidar dos pobres sem recusar o convite dos ricos para visitas. Quando vai a casa dos ricos opulentos e esbanjadores de riquezas que não lhes vem de seu trabalho direto, sempre os recorda que o verdadeiro tesouro é a vida. Este ano a Semana da Páscoa veio acompanhada da notícia de um massacre de crianças em uma creche no Rio Grande do Sul. O velho mundo de Herodes tentado evitar o crescimento do novo, esse apego à morte que, nos últimos tempos tem, em terras brasileiras, tem atacado escolas. Uma notícia pouco difundida é que a professora que foi ferida ao defender as crianças sob seus cuidados, morreu alguns dias após. Essa notícia nos faz lembrar que “prova de aor maior não há que doar a vida pelo irmão”. Essa é a Páscoa cristã. Estamos a caminho de novas mudanças de paradigmas em nossas convivências, agora que nos alcança o que nós criamos: a Inteligência Artificial. Eis que nos encontra ainda, infelizmente, em fase de uma Ignorância Natural. Teremos que nos relacionar com as máquinas, cada vez mais, elas cada vez mais capazes de realizar ações das quais estávamos cansado de fazer. As máquinas, as criamos para que nos servissem, para que nos sobrasse tempo necessário para o aprimoramento dos espíritos. Talvez sonhássemos como os filósofos mais antigos que, defendiam a liberdade carregados por escravos; pois alguém cuidava de suas roupas, de suas comidas, de seus afazeres enquanto, no ócio obsequioso, as poesias jorravam e as explicações eram dadas. Contudo, a maior parte de nós cuidou de usar o tempo, não para aprimorar o espírito, mas para cuidar da vaidade, da ganância, do falar mal, de pensar como prejudicar o outro em benefício próprio. Máquinas foram criadas, diminuíram as distâncias, puderam aproximar as pessoas, ajudaram a produção de alimentos de tal forma que, desde o final do século XIX, a fome poderia ter sido extinta e nenhum ser humano deveria morrer por falta de alimentos. Entretanto, a fome grassa enquanto poucos carregam para si o que falta para muitos. Teria isso acontecido por termos ficado parecidos com as máquinas que agiam a partir de nossa vontade? E será que o medo que vemos crescer, o medo da Inteligência Artificial, é elas nos repliquem? Ou será que tememos que elas possam desenvolver a bondade que falta aos muito guardam o excesso e sorriem diante da morte dos humanos e do planeta? Uma grande crítica que se faz ao Papa Pio XII é que ele desenvolveu, praticou, uma diplomacia bastante afável ao ditador Adolfo Hitler; seria a mesma que o querido Papa Francisco está aplicando ao ditador da Nicarágua?