terça-feira, setembro 29, 2009

Gilda Lins

Enquanto o dia parecia correr normal e, corria, recebi comunicação telefônica informando da morte da professora Gilda Lins, Diretora da Editora Universitária da UFPE. Quem deu-me a notícia foi Valéria, aluna dela, e o fez acompanhada de um comentário dizendo ser uma notícia triste. É triste saber que a pequena Gilda, a gigante Gilda não mais será encontrada sorrindo nos corredores dos diversos prédios da UFPE, na constante luta de tornar a nossa editora cada vez melhor. Gilda sempre quis o melhor, para ela e para o mundo.

Conheci Gilda em uma tarde de sábado, no início da década de setenta do século passado. Foi em um curso de teologia para leigos, organizado pelo Instituto de Teologia do Recife. Depois da aula, sempre estava Gilda a continuar a conversa que o relógio determinara findar. O debate de um bom tema, uma possível atuação social era o necessário para ativar seu cérebro e todos os sentimentos que lhe tomavam o corpo e alma. Foi assim que a encontrei, anos depois, quando cheguei à UFPE como professor e encontrei a pequena gigante Gilda coordenando o Centro de Artes e Comunicação. Começamos ou continuamos os debates, acompanhando a idéia de alguns alunos em ativar um jornal no hall de entrada do CAC e tantas coisas mais. Depois veio o desafio dos Direitos Humanos como disciplina para todos os cursos, o memorial Dom Hélder, e isso acumulando as funções de ensino e direção da Editora, cada dia mais visível intra e extra campi.

Quando, hoje pela manhã, olhava o corpo que foi de Gilda, inanimado estava ficando triste por saber que não vamos terminar juntos uns projetos que preparávamos, a UFPE e a REVIVA. Então, alguém, perto de mim disse: “ela parece estar sorrindo, como sorri uma franciscana. Ela está no céu”.

terça-feira, setembro 22, 2009

Coisas de formação

Sábado, 19 de setembro, ocorreu a entrega de certificados de conclusão do Primeiro Curso de Formação de Produtores Culturais na Zona da Mata Norte, organizado e dirigido por Afonso Produções e a Associação Reviva, com o apoio da Fundarpe. Com toda a pompa de um formatura, o evento contou com a presença de duas representantes do Ministério da Cultura, nas dependências do engenho Santa Fé, onde funciona o Pontão deCultura Estrela de Ouro.
Os vinte e seis formando são rapazes e moças das cidades de Vicência, Tracunhaém, Nazaré da Mata, Condado, Goiana, Buenos Aires e do Recife. Os diplomas foram entregues por Zé Duda, Mestre de Maracatu; Luiz Caboclo, Mestre de Caboclo e presidente do Ponto de Cultura Estrela de Ouro de Aliança; João Limoeiro, Mestre de Ciranda; Calú, Mestre mamulengueiro; Mãe Jucedi; Mãe Maria José; Pai Mário, rei do Maracatu e pai espiritual da Chã de Câmara; Jane D’Arc, da Associação dos Filhos e Amigos de Vicência; José Lourenço, presidente do Maracatu Estrela de Ouro de Aliança, entre outras personalidades do mundo cultural da Mata Norte. Este foi um momento muito interessante daquele sábado.
Não pude participar de toda a cerimônia, que ocupou a manhã e a tarde, e eu tinha que estar presente na Chã de Câmara, acompanhar o Ponto de Leitura e a Leitura no Ponto, que acontece todos os sábados em torno da Biblioteca Mestre Batista. Naquela tarde estávamos recebendo a visita de alunos do colégio GGE que, com o seu professor de História, Paulo Morgue, vieram conhecer os mestres da cultura popular. Por essa razão, Mariano Teles, Mestre de Cavalo Marinho, Mestre Biu do Coco e Mestre Nercino, figureiro do Cavalo Marinho Mestre Batista vieram comigo, para conversar com os jovens estudantes desejosos de conhecer a cultura brasileira mais de perto. Elas andaram na casa que é a sede do Maracatu e do Ponto de Cultura Estrela de Ouro, onde funciona a Biblioteca e as atividades que envolvem crianças e pré-adolescentes da Chã de Câmara. Também viram, embora não participassem, mas acompanharam os jovens da Chã de Camará dançando o Cavalo Marinho que lhe era ensinado pelos mestres Mariano, Nercino e Biu do Coco. Interessante foi o comentário do professor Paulo: “impressionante o respeito que é dado aos mestres e como o mestres respeitam o mais velho deles, o Mestre Mariano”. Comentário semelhante eu ouvi em relação às crianças e às educadoras que dirigiam as atividades de leitura e lazer.
Parece que o professor da escola formal sentiu que havia algo na relação entre jovens e adultos que está faltando em outros espaços educacionais. Na mesma semana Lia Luft, em sua coluna na Revista Veja, comentava sobre o tema Educação e autoridade.
Claro que temos problemas de meninos malcriados, preguiçosos, desatentos em nossa “escola” que inventamos no meio do canavial, mas não a presunção que eles nada têm a aprender de seus mestres e que é uma completa perda de tempo ouvir os mais velhos. E, como as danças são coletivas, e as leituras são coletivas, eles não precisam aprender a concorrer, nem com os mestres nem com os colegas.
Nas escolas devíamos aprender mais a cooperação do que a competição destruidora do outro. A competição destruidora pode ser aprendida pelo autoritarismo e pela negligência, jamais pelo exercício da autoridade e do respeito. Tenho aprendido isso com as danças e os mestres da cultura brasileira.

quarta-feira, setembro 16, 2009

Dom Saburido e Dom Pedrito

Esta semana, mais de uma vez fui perguntado sobre o novo arcebispo da arquidiocese de Olinda e Recife. Parece que as pessoas estão, mais querendo verificar se os seus sonhos serão realizados do que mesmo entender a risonha e meiga esfinge que o Vaticano enviou à conturbada arquidiocese que, após anos de vanguarda, teve o mesmo período de parede defensiva às infiltrações secularizantes na Barca de Pedro, temendo que esta se transformasse na Barca dos Tolos.
Quando penso em Dom Saburido, duas lembranças me chegam. Uma, bem inocente, quando ambos estudávamos no Seminário Imaculada Conceição da Várzea sob o reitorado dos padres Zeferino Rocha e Edwaldo Gomes. Aqueles tempos de formação foram os primeiros contatos nossos com as inovações, que então se iniciavam, do Concílio Vaticano II. Mas essa é uma lembrança para lembrar a primeira parte da formação sacerdotal de Fernando Saburido que, como eu se afastou do Seminário e, diferentemente de mim, mais tarde após um período no meio do século veio a tornar-se beneditino. A outra lembrança é Diego Maradona. Este jogador argentino, em torno de quem veio a se formar uma religião, esteve sempre na labuta de superar Di Steano, Puskas e Pelé, especialmente este último. Esses fantasmas tornaram a vida de Maradona mais difícil que a de Hércules, condenado a fazer doze trabalhos, mas Hércules tinha apenas ele próprio na competição. Maradona tem sido obrigado a enfrentar e superar três gênios, e isso por exigência de seus adoradores, seus fiéis que o acompanham religiosamente. Fernando Saburido, agora Arcebispo de uma buliçosa igreja local, não deve seguir a tentação de enfrentar dois grandes fantasmas: o mais próximo, de aparente e fácil superação, o seu antecessor imediato, Dom José Cardoso. Para boa parte dos católicos, especialmente daqueles que têm fácil acesso aos meios de comunicação, a tarefa se realizará por si própria, uma vez que já se escuta, até em entrevista de rádio, expressões que seriam ditas apenas dos mortos que foram indesejáveis enquanto vivos: “de lamentável memória”. Escolhido bispo por Dom José Cardoso, por mais que se deseje negar, Saburido deve ter algo que se assemelhe ao Emérito arcebispo de formação carmelita. Mas com apoio da Igreja local, Dom Saburido superará essa primeira tarefa. Mais árdua será a segunda: tornar-se um retrato de Dom Hélder Câmara, como desejam alguns católicos, com olho no Paraíso Terrestre, que não se sabe se é “saudade ou utopia”, no dizer do carmelita Frei Carlos Mesters. Sim, é isso que imagino querem antigos seminaristas, desejos de viver, fora da hierarquia eclesiástica, a igreja que não puderam construir, pois dela saíram por saber que padres, cônegos, monsenhores, bispos, arcebispos e cardeais, todos devem obediência ao Papa. Os católicos da arquidiocese de Olinda e Recife, não podem esquecer que Dom Saburido az parte de uma ordem sagrada à qual deve obedecer e manter. Para tal, ele não deverá ser como Dom Hélder Câmara, como não será um Dom Cardoso II, e não o será porque as condições históricas não permitem esse tipo de jogo. Da mesma maneira que Maradona jamais superará Pelé, jamais será Pelé, não se tente fazer de Dom Fernando Saburido um segundo Hélder Câmara, mesmo porque o Dom cultivou durante largo tempo de sua vida ao seguimento de Cristo modelado por Francisco de Assis, enquanto a principal formação de Fernando Saburido é o seguimento de Cristo segundo o modelo de Bento de Núrsia.

E para terminar esse texto, Maradona entrou nessa reflexão não por conta da religião que surgiu em torno dele, um movimento quase patriótico no tempo da guerra contra a Inglaterra, mas porque Dom Saburido deixou-se fotografar com a bandeira do Sport Club do Recife. Já tivemos um arcebispo que teve sua imagem muito ligada a certo produto comercial. Que seja apenas um detalhe sem maior importância nesse início de caminhada eclesial. A atuação de fies não pode ser a de uma torcida, mas de militância missionária.

sexta-feira, setembro 11, 2009

Ponto de Cultura Estrela de Ouro e o Prêmio ASAS

A postagem de hoje é a transcrição de uma carta de Afonso Oliveira, um resumo do trabalho de muitos ligados ao Ponto de Cultura Estrela de Ouro de Aliança, PE


Aos meus amigos,

Hoje acordei com a imensa alegria de ver publicado no Diário Oficial da União que o Ponto de Cultura Estrela de Ouro foi contemplado como o Prêmio Asas. Esse reconhecimento nos faz ver um filme que começou lá em 1998 quando eu conversava com Zé Lourenço na praça do Arsenal, em Recife, e ele tentava me convencer a trabalhar como o Maracatu Estrela de Ouro. Me faz ver todos da Chã de Camará carregando telha, tijolo, cimento e madeira para erguer a casa sede do Ponto. Ver Jarbas de prancheta na mão fazendo cálculos de arquitetura para que nada desse errado. Ver o professor Severino Vicente ensinado como ensina até hoje lições de vida e de amor a cultura. Ver Luiz Caboclo, Mestre Zé Duda, Biu do Coco, Mestre Mariano, comprando instrumentos e tecidos para renovar os brinquedos. Me faz ver as mulheres vestidas de baianas e também carregando água para fazer comida e lavar roupas. Pai Mário recebendo o espirito de Mestre Batista. A comunidade dançando nas Festas de Terreiro. A jaca cortada no terraço. Ploc no computador. O coco gravando CD. O Caboclinho gravando CD. TT Catalão suando poesia. Célio comendo Feijoada. A velha Guarda da Mangueira emocionada. Tâmisa abaixada fazendo pesquisa. O apito de Zé Duda chamando a caboclada. E Lourenço carregando sua pasta. Minha Valéria encantada trabalhando nos bastidores orientando toda equipe. Cândida fazendo todo mundo se tocar e se respeitar. Nós todos na França com Laure e Luiz pelas ruas de Paris depois de um show de sucesso. Os lançamentos dos livros. Ângelo produzindo o Festival Canavial. Angelo Aimberê abrindo mais uma conta e nos protegendo no Banco do Brasil, Ederlan fazendo de tudo um pouco, sem medo de aprender. Théo Gravando mais um CD. Angélica organizando cada documento. Wanessa ensinando com paciência e beleza. Professora Isa, invertendo o lado da gola para mostrar a nossa construção. André Dib levando nossa história para o quatro cantos do mundo. Jorge Mautner, Afonjah e Jacobina no meio do Maracatu. Lula Gonzaga ensinando cinema. A foto de mestre Batista na sala olhando eu brincar um pouco com as crianças.
Enfim, tantas imagens, tantos dias, tantos projetos, tanto trabalho, tantos prêmios. Mas esse prêmio é maior que todos os outros, porque ele confirma que nós estamos contribuindo para que o Brasil tenha uma política cultural democrática. Porque ele não premia apenas uma parte do Ponto de Cultura Estrela de Ouro. Ele premia todos. Ele confirma para o Brasil e para o mundo que em Aliança existe um grupo de pessoas que está mudando a história do Canavial.
São 11 anos que me fizeram entender melhor o mundo e saber que no coletivo o individuo se revela e caminha com mais firmeza no pés.
Quero agradecer a todos que imprimiram em mim algo de humano, algo de paixão, algo que levarei para sempre. Quero agradecer a todos por ter acreditado que esse projeto de vida não é uma loucura é uma construção no terreno do improvável, no terreno do sensível e que se tornou uma pequena subversão para a construção do BRASIL VIVO.
beijo em todos
afonso

domingo, setembro 06, 2009

Professores e a recorrência do tema

Antigos costumavam dizer que a vida é uma roleta e que os acontecimentos se repetem. Sabemos que essa repetição é aparente e muitos são iludidos pelas aparências, pois delas e nelas vivem. Assim a mulher do César, ensina a prática do poder, não necessariamente carece ser honesta, mas é necessário que aparente sê-lo. Essa política da aparência vem se tornando o modo comum de viver de não poucas pessoas responsáveis pelos encaminhamentos da política, mas é uma aparência de palavras que não combinam muito com as suas ações. Contudo, poucas são as pessoas que procuram saber algo mais além das imagens retocadas dos programas televisivos ou de comentaristas subvencionados. Mas como eu dizia parece haver um retorno, e isso ao menos em certos temas, uma vez que algumas situações mudam pouco.

À medida que outubro se aproxima, e ele volta a cada ano, assuntos sobre professores e sua profissão aparecem. Pesquisas recentemente publicadas mostram que professores estão abandonando a profissão em maio número. E esse foi o tema de um debate envolvendo os jornalistas Artur Xexéu, Heródoto Barbero e Carlos Heitor Cony, este último também imortal da Academia Brasileira de Letras. Cony opinou que professores estão deixando o magistério porque vivem uma crise de identidade, uma vez que eles parecem ser desnecessários, não são reconhecidos e a sociedade não lhes oferece o respeito que recebiam ao iniciar a sua vida profissional; Artur Xexéu disse que a grande surpresa não é que professores deixem a profissão, o surpreendente é que ainda haja pessoas que se arrisquem a ser professores diante do pouco caso que a sociedade está tendo por esta atividade social. A rigor professores abandonam a profissão por não serem respeitados em seu local de trabalho, no exercício de sua profissão, os dois parecem concordar a respeito.

Depois de acompanhar a expressão livre das opiniões desses jornalistas, pensei que não é para ficarmos surpresos em ouvir que parte dos lucros do pré-sal, que começará a ser explorado depois de 2014, será utilizada para resolver as necessidades que o Brasil sente hoje, na educação e saúde do povo. É que quem está no controle da economia do Brasil hoje, quem está à frente do governo do Brasil hoje, apesar dos discursos e das aparências, pensa da mesma forma como pensavam os prefeitos que governavam Garanhuns quando dona Lindu resolveu ir encontrar-se com o esposo em São Paulo. Sempre deixamos para realizar no futuro, quando tivermos a riqueza de alguma reserva natural. Foi assim com o algodão, com o café, com petróleo, com o ouro de Será Pelada, com o Ferro de Carajás. Essa recorrência de atitude dos governantes, independente de suas origens, é que faz alguns julgarem que a vida é uma eterna repetição e que nada mais há a fazer. Mas esse é um aprendizado preguiçoso.

Quando refletimos sobre sociedades antigas, podemos verificar que algumas morrem por falta de mudanças, aferrando-se a comportamentos tradicionais enquanto outras sucumbem pelo excesso de mudanças. Hoje temos práticas educacionais que não mudam, pois são decorrentes de uma estrutura social produtora de injustiças, mas que possui uma enorme capacidade de aparentar mudanças, à medida que a cada dois ou quatro anos está sempre a aceitar novidades didático-pedagógicas e impô-las aos que estão nas salas de aula. Os professores, nas condições de trabalho a que são submetidos não conseguem acompanhar a aparente criatividade dos técnicos e pedagogos. Talvez venha daí, em parte, a crise de identidade dos professores.

quarta-feira, setembro 02, 2009

Nascimento do Passo

Quando iniciamos a Semana da Pátria, soubemos que nesta madrugada do dia 2 de setembro morreu o recifense nascido em Benjamin Constant, Amazonas, NASCIMENTO DO PASSO. É dessa maneira que ele ficou conhecido, desde que ficou patente a sua capacidade de dançar o “passo” do frevo pernambucano. Ele chegou ainda adolescente, em busca de um lugar para viver, escondido em um dos navios que faziam cabotagem no litoral brasileiro. Desceu no porto do Recife e fez da cidade a sua cidade, e tomou o ritmo local como seu ritmo.
Nos anos sessenta dançava-se o frevo nas ruas. Passistas podia fazer movimentos na Avenida Guararapes ou no Pracinha do Diário, também chamada de Praça da Independência. Nesses espaços, ainda sem a neurose do Guinness book, eram muitos os que lançavam seus pernas em “tesouras”, “parafuso”, “dobradiças” e muitos outros passos que ainda nem tinha nomes, mas que provocaram nos agentes do carnaval, ainda no tempo da COC –Comissão Organizadora do Carnaval – a idéia de um concurso entre os passistas que deliciavam os muitos foliões que se admiravam daqueles movimestnos e dos anônimos bailarinos que surgiam das academias inexistentes, mas reais da vontade de colocar no corpo os movimentos dos espíritos e dos sons que saiam dos clarins, clarinetes, tubas e saxofones, dessas orquestras que pareciam infestar “o coração da cidade”, como se dizia à época. Nesses concursos, o amazonense foi descobrindo-se pernambucano do Recife, das ruas do Bairro do São José, um homem que foi se tornando símbolo do carnaval recifense. NASCIMENTO DO PASSO veio a ser sinônimo de carnaval.
Depois ele percebeu que a constante modernização do Recife foi diminuindo o espaço para os frevistas e, aos poucos as ruas foram sendo tomadas pela compulsão guinessiniana, diminuindo os espaços onde passistas poderiam apresentar, anonimamente as suas invenções, que viam desde os tempos da “Maroca” ou passo do Sirigado. NACIMENTO DO PASSO promoveu o nascimento de uma escola de frevo e foi sistematizando os movimentos, preparando o corpo de adolescentes para a manutenção, ao tempo que recriava a tradição do Frevo. Novos passos surgiram, novos movimentos. A escola cresceu, recebeu seu nome.São muitos os Guerreiros do Passo que agora cultivam o que não foi perdido, pois o Mestre NASCIMENTO DO PASSO fez aparecer uma geração de bailarinos amantes do passo, dos movimentos nascidos das ruas pobres do Recife, das ruas ricas de imaginação, dos becos que não mais existem, das ruas que foram cortadas pelo “progresso insensato, criador de avenidas expulsadoras das moradores de São José. Do Recife Antigo, esse Recife do início do século XX, onde nasceu o passo do frevo, que atravessou as pontes e dominou o São José, a Boa Vista, se espraiu pelos bairros, e tomou conta das televisões e ultrapassaram os limites atlânticos.
Em tudo isso, estão os movimentos De NASCIMENTO DO PASSO que, se não nasceu no Recife, é responsável pelo nascimento de uma geração de bailarinos e Guerreiros do Passo.
Salva O GUERREIRO DO PASSO – NASCIMENTO DO PASSO