segunda-feira, dezembro 28, 2009

Natal e Cavalo Marinho

Este foi um final de semana sem visitar um centro de compras, mas com duas visitas à Casa da Rabeca. Lugar sonhado e criado por Manuel Salustiano, tem sido movimentado agora por seus filhos. No momento em que escrevo, Pedrinho Salustiano está fazendo aula de Cavalo Marinho, em um projeto financiado pelo governo do estado, através da Fundarpe.

O sonho da Rabeca, a Casa da Rabeca é uma criação de um ex-cortador de cana, mas que, tangido pela expansão do canavial que está tornando a Zona da Mata um imenso canavial, pondo fim a sítios, cultivo de mandioca, criação de galinha, fruteiras, etc, soube articular-se na cidade. Poucos migrantes da cana foram tão bem sucedidos quanto ele. Para aqui vencer, ele negociou, resistiu e trabalhou com a criatividade que aquela região exige dos mais pobres. Os mais ricos da região quando migram não precisam da criatividade, eles estão ligados a outras redes, a redes bancárias e políticas.

Tendo aprendido as tradições, as danças, os brinquedos da região, como fazem os caboclos, ouvindo, testando e enfrentando situações difíceis, Salu pode oferecer ao Recife e à Olinda os ritmos e danças da Mata Norte. Semelhantemente a Luiz Gonzaga encontrou nortistas e “nordestinados” nas feiras do Rio de Janeiro e São Paulo que apreciaram suas canções, e alimentaram esperanças e saudades com os ritmos nordestinos que se tornaram brasileiros, Salu encontrou no final dos aos setenta um auditório natural com os muitos migrantes que desceram da Zona da Mata, desde os anos quarenta e se encantaram ao ver mais uma vez o Cacvalo Marinho, o Caboclo de Lança. Os morros da zona norte do Recife e a Olinda para além dos limites do Sítio Histórico foram lugares de reconhecimento e fornecimento de caboclos. Da feira foi para as escolas, passando pelo jardim de algum político e a simpatia de um secretário de cultura. Salustiano não foi o primeiro a criar um maracatu rural no Recife, mas com o Piaba de Ouro, ele trouxe a experiência mais administrativa para empolgar o carnaval do Recife, em uma época que a classe média já nem sabia que pastoril existia.

Neste final de semana natalino, fui, na Casa da Rabeca, rever meus amigos, minha tradição pernambucana. A verdadeira tradição cultural republicana de Pernambuco, a tradição criada pelos homens e pelas mulheres dos sítios da Zona da Mata Norte de Pernambuco. Lá encontrei Mestre Zé Duda, Mestre Biu Alexandre, Mestre Biu Roque, Mestre Mariano Teles, Mestre Araújo (Pedra de Fogo), Maciel Salu, Dinda, Manezinho Salustiano, e muitos jovens mestres dançando e se revezando com os mais velhos nos cantos das toadas, na marcação do ritmo, na sonoridade da rabeca. E ainda havia muitos olhos puxados, desse Brasil que vem sendo criado em São Paulo, gente que veio para aprender como se dança o Cavalo Marinho.

Foi um feliz natal regado a muito marguio, Valentões, brincadeiras de Mateus e Batiãos. Manés chorões, Véias do bambu e arcos de São Gonçalo do Amarante abençoando a “nossa nação brasileira”.

No próximo final de ano, no próximo natal, todo mundo para o 16º Encontro Nacional de Cavalo Marinho.

segunda-feira, dezembro 21, 2009

Feliz Natal

Esta é a semana que vem com um natal, uma festa de aniversário, o aniversário que foi escolhido como marcador do início de um era. O tempo do cristianismo que se consolidou na construção da Europa medieval e quis, ao longo dos últimos setecentos anos, impor-se aos povos dos demais continentes. Esse domínio não veio a ser total, não há como negar que a península européia conseguiu levar aos povos dos outros continentes alguns conceitos que ela criou; coisas como Direitos Humanos, Democracia, Fraternidade, e outros valores que parecem ter sido possível a partir da concepção de uma divindade que se quis humana. Homens foram chamados a serem deuses e o serão à medida que reconheçam a divindade dos outros, como os Reis Magos que reconheceram a realeza de um recém-nascido em uma estribaria. A questão é que esse processo na história tem sido doloroso e não é contínuo, mas segue nos contraditórios das esquinas do tempo e dos lugares – fiscos e sociais.

E, às vezes, dá um desânimo por conta dos desencantos, pois nem todos os reis reconheceram a criança. Foi assim com Herodes. Aliás, os reis só conseguem ver a criança como problema, como algo que deve ser afastado, ainda que a custo de muitas outras crianças. Herodes julgava que teria o trono permanentemente, e nada cedeu, nada quis compreender além dos projetos pessoais que carregava. Assim os novos herodes. Essa gente se julga eterna, e, pensam que todos devem fazer seguir as suas normas. O lixo da história é feito de gente como Herodes, gente que acha não ter existido nada antes dele e que nada virá após.

Os grandes reis foram mais silenciosos, quedaram-se diante do mistério de uma criança, uma criança que depois, quando adulta disse que grande é quem serve. Mas essa lição a Europa e seus descendentes não entenderam. As lições daquele Menino e de seus parentes, ou lições de Krishna não podem ser impostas, e perdem sentido quando são ditas em forma de falsete, para sedução de platéias.

A semana do Natal, a festa do nascimento do menino cuja vida e morte deram ensejo à divisão do tempo de um e de muitos povos, vem carregada do fracasso da Cop15, pois muitos que cantarão em lembrança daquele nascimento, não conseguiram ultrapassar os salões do palácio de Herodes. Ficaram com ele após despediram os reis que continuam a procurar o menino, rei da simplicidade, da amizade, da esperança. Os Reis Magos, contudo, saíram do palácio de Herodes e, podem ser vistos em alguns lugares, ao som música e dividindo presentes entre os pobres, ainda hoje. Eles sabem que nos palácios não encontrarão o Rei e o reinado que lhe foi anunciado.
Feliz Natal.

sábado, dezembro 12, 2009

Que coisa!

Primeira semana de dezembro chegando ao seu termo e, como costumam dizer os artistas antes da apresentação de um espetáculo teatral: merda para todos! Assim, nesta semana, após sete anos de governo, o nosso presidente quer saber se o povo está no meio da “obra” deixada pelo governo que saiu faz sete anos. Nesse período poucos foram os canos postos para acabar com os esgotos a céu aberto nas cidades grandes. Por isso é que se sente odores negativos tão fortes, cheiro de titica. Evidentemente o presidente sempre soube que o povo mais pobre não tem saneamento básico em suas casas e nos bairros periféricos, hoje chamados por alguns de “aglomerado urbano irregular”, mas que costumava ser chamado de favela e, mais recentemente de comunidade. Mas tudo é a mesma coisa, e coisa é o que se diz para não dizer o que normalmente sai pelo orifício inferior, mas que, nosso presidente prefere que saía pelo orifício superior, pois isso aumenta a insatisfação dos seus opositores que assistem a popularidade presidencial crescer a cada vez que ele esquece que, como presidente é o responsável pelas coisas boas e pelas coisas menos boas que ocorreram nos últimos sete anos. Se ele ainda não sabe se o povo ainda se encontra na situação em que ele estava nos anos cinqüenta, é que ele tem uma m**** de assessoria que lhe informa pouco.

Aliás, por falar em assessor especial, parece que o Frei Beto, que sempre esteve ao lado de Lula enquanto sindicalista e nos momentos iniciais e nos mais tensos de sua carreira, não teve espaço no filme do Filho do Brasil. Isso é uma caca. Afinal Beto não teve nada a ver com o mensalão do Valério nem com o caixa dois, assim ele não é mais da casa. Ruim para Beto, pois agora o nosso presidente é uma personalidade internacional e está definindo o destino do mundo. Só não está conseguindo acabar com excrementos a céu aberto. Mas, creio, que breve, breve, virá o PAC da M****, que era assim que se escrevia nos jornais, nos tempos da ditadura militar, a m**** dita e a m**** feita pelos governantes e pelos governados. Era no tempo em que não se podia dizer m**** em tão alto e bom som.

Mas, depois da “bosta na Geni” de Chico Buarque, dos “pentelhos” dominicais do Faustão, a Merda presidencial é palavrão, sinal franqueza ou pobreza vocabular?

sábado, dezembro 05, 2009

Estética dos poderosos

Em dos espaços do Engenho Poço Comprido, na tarde do 03 dezembro, mais um vez fiquei alumbrado vendo e sentindo a força e magia da cultura criativa do povo dos engenhos, dos antigos moradores dos engenhos da região de Nazaré da Mata. Fiquei deslumbrado, ou seja, sem a minha luz, ofuscado pela poesia do Mestre Deca Eulálio, o mestre do Bloco Andaluza. Andaluza de Abreu. Fui aos poucos compreendendo que Abreu era um engenho de fogo morto e que foi engolido pelas canas e ganâncias de uma das usinas. Por isso seus moradores foram tangidos para a periferia urbana, fazendo crescer a população urbana enquanto a cidade crescia e estagnava. Crescia em população e estagnava em produção de riqueza acessível aos trabalhadores. A riqueza era produzida, mas o processo de concentração não permitia a sua disseminação. Contudo, no Engenho Abreu havia a família Eulálio, da qual o Mestre Deca é representante, e essa família tinha um bloco que saía no carnaval. Isso desde 1963. O ritmo rápido da marcha era parado pelo apito do mestre que improvisava os versos em louvação da casa do morador, do senhor do engenho, do administrador, de todos, mas sempre afirmando que não há bloco melhor do que o Andaluza de Abreu. Foi assim que ele, Deca Eulálio, fez ao tomar o microfone e dizer que queria saber se tinha alguém que soubesse dançar com o seu bloco e, ao som do violão de Valdir Afonjá, o bombo de Zé Mário, a rabeca de Ederlan Fábio e o pandeiro de Luiz Caboclo, deitou a improvisar versos, contando a sua história e se alegrando por ter encontrado o Mestre Zé Duda, cujo sogro também tinha um bloco e conhecia o Andaluza desde o tempo em Biu Eulálio, também saia com o Andaluza.
O aparecimento de Deca Eulálio aconteceu durante o seminário que tinha como tema Interações Estéticas, a possibilidade de troca de experiências de expressões do belo. E o belo vinha sendo expressado nas palavras, depois nos sons e na dança coletiva que veio a ser criada com toadas de Cavalo Marinho e dançadas com os movimentos de caboclinhos, cocos, caboclos, cirandas e frevos.
Entre os muitos temas abordados pelos seminaristas foi a imposição, pelos que comandam o carnaval de Pernambuco, de uma estética aos grupos que desejam se apresentar no desfile da Avenida Dantas Barreto. Pelo que ouvi, está ocorrendo algo semelhante ao período fascista dos anos trinta, quando Mário Melo, na Comissão Organizadora do Carnaval, impôs cabeças coroadas aos caboclos de lança, para que a estética criada pelos cortadores de cana e moradores dos sítios ficasse mais parecida com os quadros mentais das salas dos sobrados, habitados pelos que sobraram das casas grandes. Atualmente, parece que um novo grupo, ou filhos do grupo de trinta, um grupo que parece formar um bloco com saudade dos carnavais do Estado Novo, está impondo antigos padrões estéticos como se novos fossem. Julgando que são cortesões da corte dos Luizes, (alguns passam férias nas praias do Rio Sena. Houve um tempo em que confundiram Recife com Amsterdan, depois com Veneza e agora, bem agora é o ano da França) querem que os bandeiristas dos maracatus vistam-se como criados de libré, ostentando uma peruca que os diferencie dos demais servos. Ah! Quando será que esses estetas da servidão irão desaparecer, ou ao menos desistir de ficar clamando que o povo brasileiro é para os servir! Talvez seja por isso que eles se apegam tanto aos anos dos Avis e Bragança. E eles ficam distribuindo prêmios de até R$ 12.000.00, aos maracatus e caboclinhos enquanto pagam (?) além de R$30.000.00 aos estetas dos ditos forrós estilizados nas diversas cores de calcinhas misturadas com outras cocadas, produzidas em oficinas eletrônicas.
Os que se armaram em donos dos folguedos, com apoios dos seus primos políticos possuem o direito de defender suas estéticas e colocá-las a serviço dos que lhes pagam salários ou propinas, mas deviam evitar de dar continuidade a perversa prática de utilizar a necessidade dos mais pobres para lhe impor vestuário francês. Isso é ridicularizar o cortador de cana após lhes pagar tão pouco por tonelada cortada.
Bergman tinha razão quando disse que o fascismo é uma hidra. E foi com promessas bobas que a feiticeira Sisi cegou Ulisses, cumulando-o de prazeres, impedindo que ele percebesse que sua tripulação estava transformada em animais para que ele ficasse feliz. Pena que Hermilo não esteja aqui para defender a estética de seu povo.

sexta-feira, dezembro 04, 2009

É preciso muito amor

Interessante e carregada de informações foi esta semana que começou em novembro e acabou em dezembro. Uma leitora escreveu a perguntar o que penso da atitude do papa Bento XVI em mostrar-se disposto a aceitar padres casados da Igreja Anglicana para virem a exercer o sacerdócio presbiteral na Igreja Romana. Será essa atitude um indício de que o líder católico estaria disposto a por um término à exigência do celibato para os católicos romanos que desejam ser presbíteros? Ora, nós sabemos que esta não é a primeira vez que o pontífice romano aumenta o número de seus padres com dissidentes anglicanos. Isso ocorreu após a guerra finda em 1945 e, como agora, essa recepção não significou mudança nessa disciplina para os católicos que desejarem ser clérigos. O Celibato continuará sendo uma exigência da Cúria Romana, ainda que isso venha a custar uma diminuição crescente do contingente dos separados para o serviço. Nem mesmo a eclosão pública dos escândalos causados por personalidades desfocadas, abusadoras de menores tem conseguido fazer os detentores do poder refletir sobre as suas fraquezas.

E isso acontece e outras esferas e em outros mundos, quando assistimos a defesa de corruptos da fé pública, pois sabem que dessa fé já foram causadores de perda. E pouco adianta que sejam mostradas imagens, pois como as palavras, as agendas, as gravações, os documentos, elas “não dizem nada” quando não queremos ouvir, ver ou perceber o que elas nos dizem. Poucas sociedades resistem tanto à incúria de seus gerentes como as igrejas e as religiões; de modo semelhante poucos países são tão tolerantes com dirigentes corruptos quanto o nosso. Talvez porque todos aprendemos ser corruptos e estejamos esperando a nossa chance de poder dizer, de preferência em algum jardim francês, que “isso sempre foi assim e todo mundo faz a mesma coisa” e, em tom de ameaça, diz um jovem político, aprendiz de feiticeiro: eu aceito que se faça uma cpi, desde que ela também faça pesquisa sobre o governo anterior. Como se aprende rápido a fazer ameaças veladas e, dessa maneira, calar o oponente lembrando-lhe que ele tem “o rabo preso”. Isso é coisa de pai para filho, coisa que sobrinho aprende ouvindo o tio conversando com o avô na borda da piscina.

Esta semana os católicos comemoram a concepção, sem pecado, de Maria. Mas o Brasil não foi concebido sem pecado, entretanto, tem gente criando uma geração que além de sentir-se sem culpa (tudo é conseqüência do processo de colonização) e agora sem responsabilidade pessoal (tudo está ligado e justificado pelo ambiente social). Mas, como Noca da Portela cantava esta semana, em homenagem à quem ele julga será presidente do Brasil, mas eu estou pensando em nesta vida: "é preciso muito amor para suportar essa mulher..."

terça-feira, dezembro 01, 2009

Ordem do Mérito Cultural, IDH, IML e um pacto pela vida

Estive recentemente degustando, uma vez mais, as maravilhas do conforto que a modernidade é capaz de oferecer. Neste mundo de divisões de classes, embora há quem diga que as classes não mais existam e por isso não há mais conflitos entre elas, nem todos podem usufruir diariamente aquelas bondades que a técnica vem produzindo ao longo dos séculos. Claro que essas separações entre os que têm acesso às benesses e os que a vêem longinquamente não foram criadas nos tempos de hoje, mas já se pode perceber a sua existência em épocas tão antigas quanto a formação das primeiras dinastias egípcias. E nosso tempo essas situações podem ser percebidas de maneira mais ampliada, mas é que somos cada vez mais exagerados. Assim alguns curtem o exagero do consumo e não o entendem como tal, outros, contudo, quase nenhum acesso ao consumo, mas também consideram esse não acesso como normal, algo dado, natural, vontade divina ou pagamento de alguma dívida de vidas passadas e não lembradas. Aliás, as explicações religiosas estão se tornando tanta que já se pode dizer que há um excesso de oferta, embora a demanda por esse produto pareça ser infinitamente elástica.

No retorno encontrei-me com a realidade dura da Zona da Mata Norte de Pernambuco, que pode ser semelhante, neste aspecto que vou mencionar e em muito outros, às demais regiões desse estado nordestinado, como escreveu um poeta da região. Chegava de acompanhar o Maracatu Estrela de Ouro de Aliança na recepção da comenda da Ordem do Mérito Cultural deste ano de 2009. A República, através de seu Ministério da Cultura reconhecia como meritória a existência e as ações desenvolvidas pelo Maracatu fundado em 1966 pelo Mestre Batista, ali, perto da atualmente falida Usina Aliança.

Algumas horas após a nossa chegada, um dos filhos do Mestre Batista morreu, ali perto do local onde foi fundado o Maracatu e hoje funciona o Ponto de Cultura Estrela de Ouro e o Ponto de Leitura. Tudo normal pois a vida tem esse negócio de morrer, mas essa morte me pos diante do fato de que se uma pessoa morrer fora de um hospital na Zona da Mata, o corpo deve ser removido para o Instituto Médico Legal do Recife. Em toda a região não há um serviço desse para os cidadãos da região. São mais de 14 municípios, além os da Região Metropolitana do Recife. Isso quer dizer que é grande a angústia da família, além da perda do ente familiar. Pouco serviço para os vivos enquanto vivos, como demonstra o Índice de Desenvolvimento Humano da região, e os mortos também não o recebem, aumentando a angústia dos vivos. Mas enquanto vivo não se tem médico, depois de morto não se tem perícia. Daí os mortos viajarem desde as cidades onde morreram até o Recife, depois retornam para serem “plantados” como ouvi de amigo do defunto.

Mas aí a gente se pergunta: será que não daria para criar um IML para aquela região, promover uma assistência maior aos sofrimentos dos que perderam um ente? Não se, mas talvez isso possa vir a ser parte de um programa governamental que já existe, um certo “Pacto pela Vida”. No mínimo diminuiriam as despesas das famílias ou suas dependência para com as politicagens locais. Auxiliaria a modernizar algumas relações sociais. Quem sabe uma ação dessa um venha a receber, do povo, alguma comenda?