quarta-feira, setembro 12, 2007

Os quarenta no Senado

A quarta feira acabou poucos minutos passados. O senado federal confirmou que não houve situação indecorosa no relacionamento de Renan Calheiros na sua associação com um lobista que o auxiliava a pagar as despesdas de um de seus filhos; uma foto do filho mais velho de Renam Calheiros, com as mãos em gesto obcenamente duplo, mostra do nível educacional e permissivo - antigament se dizia que costume de casa vai à praça - e nivelou nivelou pelo subsolo o senado nacional.

O Senado, tempos passados, era visto como uma reunião dos mais velhos, e existia para podar os excesso dos mais jovens, o senado era a reunião dos mais velhos, no sentuido dos mais sábios. Mas a palavra senado também pode ser entendido como a reunião dos senis, dos velhos que ultrapassaram os limites da consciência dos seus atos e, portanto a eles tudo é permitido. Parece que o nosso senado optou por este último entendimento.

Entretanto, ainda podemos ver como positivo esse resultado que inocenta o Renan Calheiros, pois ele continuará a presidir a casa dos senis. Agora sabemos que se pode mentir neste país impunemente, desde que aquele que forja os documentos tenha possibilidades de auxiliar pessoas a forjar inocências.

Os quarenta votos que inocentaram o presidente do senado nos lembram outros quarenta de duas semanas atrás. O número quarenta continua presente no Brasil. Foram quarenta os transformados em réus pelo Supremo Tribunal Federal, foram quarenta os que inocentaram o Renam Calheiros. Onde anda o intangível Ali Babá, o engabelador dos quarenta. Ainda, poucos anos atrás se dizia que todo todo político calça quarenta.

Trinta votaram pela condenação de Renan Calheiros. Trinta são os copos de choppe, trinta são os homens sentados, trezentos os desejos feitos e, bem mais que trinta mil, os sonhos frustados.

3 comentários:

Dado disse...

Biu,
Recebi de Valeria o link. Vim ler para saber como um historiador pode explicar o que é um momento desses. Estou aqui nesse Congresso Nacional sem saber onde colocar a cara. Encontrei Chico Alencar agora a pouco. Impotência. Vergonha. Seriam preciso muitos adjetivos para explicitar um momento desses. Para mim, vai ser preciso esperar o dia de amanhã

Anônimo disse...

Foi uma vergonha para o nosso País a decisão dos 40 que votaram pela absolvição do Senador Renan Calheiros e dos 6 que se abstiveram, covardemente, de votar. A clase política fica, cada vez mais, desacreditada e em total disjunção aos anseios do povo. Estou cumprindo um mandadto de Vice-Prefeita da minha cidade e sonho terminar esta minha missão, pois tenho vergonha de fazer parte da classe política. No entanto, sinto orgulho de ser professora, mesmo sendo uma profissão tão desprestigiada pelo nosso País. Mas, podemos percorrear as ruas de cabeça erguida e só encontramos o carinho e o reconhecimento das pessoas.

Maria Auxiliadora Lustosa Coelho Belém do São Francisco

Anônimo disse...

Olá, Querido Biu!!!
Também gostaria de demonstrar a minha decepção e indignação com a política, o Senado Brasileiro... uma vitória vergonhosa da falta de caráter e apoio à corrupção de 40,da covardia de 6 ... e da impotência de 30!
Mais uma vez vence os mais fortes, ou melhor, os que continuam no poder!!!
Até quando???
Será que ainda há espaço para termos esperança???
Quiça???

Como a professora Maria Auxiliadora falou, acho que só na nossa luta como atuais e futuros Educadores é que podemos buscar esperanças e orgulhos!!!

Wanessa Santos.
Graduanda, Licenciatura em Geografia - UPE.