quinta-feira, março 05, 2009

Idelli Salvatti Renan e Collor diz que ela cisca.

Ela é uma mulher bastante instigante, especialmente quando sabemos o quanto ela esteve envolvida por questões sociais e interessada pela melhoria da qualidade de vida dos brasileiros. Foi uma mulher corajosa que, como outras, enfrentou momentos difíceis da vida nacional, sendo protagonista na superação dos tempos que infelicitaram o Brasil, o tempo do estado autoritário, da ditadura militar: o tempo em que Sarney estava no poder. Depois essa mulher se tornou uma parlamentar de pugna constante pela conquista do poder pelo seu partido, o PT.

Mas sempre acontecem algumas mudanças nessa luta pelo poder. Quase sempre se faz acordos com antigos adversários, de modo a que eles deixem, talvez por algum tempo, que se sinta o prazer achocolatado do poder. Temendo isso, o PT não gostou muito quando ocorreu uma aliança política que uniu Tancredo Neves e José Sarney, para que ficasse palatável ao último ditador a perda do poder. Mas isso faz tempo! Mesmo assim, Figueiredo não quis passar a faixa presidencial para Sarney, a quem considerou um traidor. Afinal Sarney foi líder do governo da ditadura, como poderia ser líder da democracia?

Depois foi a luta para expulsar Fernando Collor da presidência da República, pois ele era corrupto. Depois veio a luta contra o governo do Príncipe dos Sociólogos, pois ele estava a serviço dos bancos internacionais. E lá estava essa mulher digna e representativa do que há de melhor em nossa sociedade.

Mas finalmente a PT chegou ao poder e teve que conviver com uma assembléia que o presidente do PT chamava de lugar propício para maracutaias, coisa parecida com a caverna dos quarenta ladrões de um dos contos das mil e uma noites. E aí as coisas embolaram: houve mensalão, mas a nossa heroína, assim como o agora presidente da República, achou que tudo estava normal, pois se fazia o erro que antes era errado mas agora era certo. Depois veio o escárnio de um senador, que presidia o Senado e quase ia sendo cassado por estar desservindo o país e o Senado. Uma das maiores defensoras do senador Renan Calheiros foi a nossa heroína, que se uniu a José Sarney para derrotar os que entendiam que os corruptos devem ser alijados da vida política. Recentemente, nossa heroína, mais uma vez aliou-se a Renan Calheiros e a José Sarney para fazer deste último presidente do Senado. A heroína de Santa Catarina, senadora Idelli Salvatti, ficou calada, não apoiou o senador Jarbas Vasconcelos quando este chamou atenção aos atos que levaram José Sarney à presidência do Senado e Renan Calheiros à liderança, pois havia um acordo que lhe garantia a presidência de uma comissão importante, a de Infra-estrutura, para a campanha política do próximo ano. E mais, parece que o presidente da República nada fez para que sua defensora não fosse derrotada pelo grupo Renan-Sarney, facilitando assim o retorno de Fernando Collor ao centro da política, com o apoio do ministro José Múcio Monteiro, atual favorito de Luiz Inácio da Silva, o Lula.

Homenageando a Senadora de Santa Catarina, explícita defensora de Renan Calheiros, defensora de Sarney contra um colega de partido, Collor de Mello, depois de derrotá-la, assim elogiou a senadora petista: "Ela é uma pessoa que congrega, que reúne e cisca para dentro".

Um comentário:

Anônimo disse...

Senhor Severino Vicente, me surpreendo quando o vejo elogiando a cascavel Idelli Salvatti,mesmo de brincadeirinha. Essa mulher merece todo o nosso repúdio, Todo o meu desprezo por figura tão mediocre. Só no Brasil tão semelhante figura poderia chegar ao senado. A POLITITICA brasileira não muda nunca e o povo vive a ilusão de que votando irá mudar alguma coisa. REVOLUÇÃO MINHA GENTE.

Um abraço, Ernani