sexta-feira, setembro 29, 2006

Visões sobre a mulher na Idade Moderna

Neste semestre uma das disciplinas que ministro é Moderna I; alunos apresentaram painéis sendo um deles sobre a situação das mulheres na Europa dos séculos XV a XVII. Estou colocando à disposição dos alunos o texto produzindo por uma equipe.


Universidade federal de Pernambuco
Centro de filosofia e ciências humanas
Departamento de história
História moderna I / Severino Vicente





VISÕES SOBRE A MULHER NA IDADE MODERNA






Alunos: Marcelo Paulo Vieira
Carlos Alberto Ferreira dos Santos
Priscila Malaquias
Mônica Almeida Araújo Nogueira
Rodrigo









Índice

· Introdução 3
· O papel da mullher 4
· Higiene e cuidados com o corpo 5
· Sexualidade 8
· Bruxaria e mulheres 10
· As mulheres e o trabalho 13
· Conclusão 16
· Bibliografia 17



















IINTRODUÇÃO

Para uma visão clara da imagem européia que a mulher representava durante a Idade Moderna procuramos aqui reunir informações sobre vida das mulheres na Europa moderna; desde as limitações, preconceitos e injustiças que eram impostas pela sociedade, sua função social, suas atribuições na divisão social do trabalho, como vivenciava sua sexualidade e até minúcias da vida cotidiana como hábitos de higiene e beleza. Na Europa moderna, as mulheres sofrem um processo de “desvalorização” incentivado principalmente pela igreja católica que disseminou crenças e superstições ligando as mulheres a todo tipo de “desvios”, acusadas de terem provocado a “queda” com o pecado original e de serem tentações constantes aos homens. As mulheres eram os alvos preferidos dos religiosos, que atribuíam às mesmas a culpa por toda degradação moral e social. (Aqui vocês estão negando todo o processo de repressão que as mulheres sofreram em todos os países europeus, e não apenas no mundo católico. Aliás, uma característica da Idade Moderna é a limitação do catolicismo na Europa)
Durante o Período Colonial, o corpo feminino era visto tanto por Pregadores da Igreja Católica, como por médicos, como um palco nebuloso e obscuro, no qual, Deus e o Diabo digladiavam. Teólogos defendiam que o sexo feminino era mais frágil em face às tentações por estar repleta de paixões ferozes e violentas. (Mais uma vez vocês estão livrando a barra da maioria dos países europeus)
“Se as mulheres tinham ossos mais pequenos e redondos,era porque a mulher era mais fraca que o homem,suas carnes mais moles, contendo mais líquido, seu tecido celular esponjoso e cheio de gordura em contraste com o aspecto musculoso do homem, expressava igualmente sua natureza amolengada e frágil,os seus sentimentos mais suaves e ternos. Tudo isto as tornava mais vulneráveis as ações demoníacas. Pensava-se que ao mesmo tempo que mantinha sua função reprodutora, a madre (o útero) lançava a mulher numa cadeia de enfermidades, que ia da melancolia e da loucura até a ninfomania, e esta, tinha conexão íntima com o Demônio”. (de quem e essa citação?)
O conhecimento médico sobre o corpo feminino se limitava ao que dizia respeito à reprodução. O útero (madre) representava o Depósito Sagrado, que precisava frutificar, e o homem é que depositaria a vida. Só no século XVIII, inspirado no trabalho de De Groff, “Novo Tratado dos órgãos Genitais da Mulher”(1672) identificou-se os óvulos como parte da concepção uterina.






O PAPEL DA MULHER

“Uma Mulher é uma filha, uma Irmã, uma Esposa, e uma Mãe, um mero apêndice da Raça Humana”.
Esta frase do ensaísta Richard Steel (séc.XVIII), descreve perfeitamente o papel que uma mulher desempenhava na Idade moderna, isto, independente de sua classe social. A ela a doçura, a compaixão e o amor materno eram virtudes inatas, por isso lhe cabia cuidar dos pobres, doentes e idosos, zelar pela educação dos filhos e por sua instrução religiosa e administrar o funcionamento da casa.
“A mulher não pode viver sem o homem.”
A partir do momento que nascesse sua vida estaria para sempre subjugada ao homem. Primeiro estava submissa ao pai que era seu responsável e a preservava até seu casamento, a partir daí o marido ocupava o lugar e ela como mulher virtuosa lhe devia obediência. O casamento tinha grande importância na Idade moderna, era uma instituição econômica e social, pois o marido dava-lhe o sustento e o nome, em retribuição ela seria companheira e mãe.
Na alta sociedade as mulheres ao casarem se tornavam donas de casa, administravam as propriedades com a ajuda dos feitores e agentes, enquanto as classes mais baixas tinham que trabalhar para ajudar no sustento.
O objetivo primeiro do casamento era a reprodução da espécie e assegurar a educação e o sustento dos filhos.
Foi defendido por muito tempo, que na Idade Média, a relação entre pais e filhos, não seria de afeto mas de hostilidade ou indiferença.Principalmente pelo fato de as mães afastarem os filhos na 1ª Infância (deve-se evitar esse tipo de abreviação. O correto é escrever Primeira) e se negarem a amamentar. Entretanto os cuidados com os filhos eram tão estimados na Sociedade Moderna,que um dos principais papéis que a mãe desempenhava,eram os cuidados que destinavam aos filhos. Ela tinha a função de mantê-los limpos (com os padrões da época), agasalhados e alimentados. Até dois anos, a amamentação do leite materno era o mais importante.
Era atribuída às mulheres, a responsabilidade, se as crianças apresentassem deformidades desvios de caráter ou mesmo ocorresse a morte prematura. Na época, os médicos consideravam a sufocação como uma das principais causas de morte prematura. Que se os filhos dormissem nas camas dos pais, eles sufocavam.
Para podermos considerar a questão das amas-de-leite como indiferença das mães é preciso que façamos uma analise das condições socioeconômicas e culturais na idade moderna. Eram três os tipos de mulheres que entregavam seus filhos à ama de leite: primeiro, as Aristocratas, que alegavam possuírem obrigações sociais. Outro ponto era o tabu acerca das relações sexuais durante o aleitamento: os médicos acreditavam que a lactante não ovulava porque o excesso de sangue era transformado em leite ao meio de ser eliminado. Por isso não podia haver relações sexuais, porque desviaria da lactação. E caso houvesse concepção, o embrião sugaria o leite. Assim como a Igreja queria evitar que o marido praticasse o coito interrompido ou cometesse adultério.
As da classe média consideravam que o meio urbano não era saudável para seus filhos, os enviando para o campo, enquanto que as de classe mais baixa tinham que trabalhar para o sustento, não tendo tempo para os cuidados com a criança.
Mas, essa prática de amas-de-leite, durante o séc.XVIII, parece ter havido uma redução do número de bebês nas duas primeiras categorias, à medida que se intensificava a propaganda hostil, pois era considerado antinatural.
Educadora
Passada a época da infância, a mãe assumia o papel de educadora, porém este papel assumia características de época e lugar. A mãe orientava seus filhos sobre questões cotidianas, o ensinava a enfrentar o mundo. A educação era especial com as meninas, aprendendo com a mãe as formas de se apresentar a todas as tarefas caseiras.
HIGIENE E CUIDADOS COM O CORPO

Entre os finais doa idade média e o século XVIII, houve transformações profundas nos conceitos de higiene e cuidados com o corpo. A instabilidade social crônica, dessa época, faz surgir uma nova concepção do corpo e da aparência na qual havia um interesse constante e obsessivo pela ordem e estabilidade no cuidado com o corpo.
O hábito do banho regular praticamente desaparece ao longo dos séculos XVI e XVIII. A eliminação dos banhos públicos não foi somente um ato de saúde pública, pelo receio do contágio da peste e da sífilis, mas também uma opção de higiene social e moral, pois estavam longe de ser apenas locais de limpeza pessoal. Também ofereciam serviços que as autoridades civis consideravam imorais; vinho, refeições e até camas dispostas para descanso ou encontros com amantes e prostitutas.
Durante o séc. XV desenvolve-se uma tradição médica que atribuía efeitos nocivos ao uso da água. Acreditava-se que, permanecendo seco, o corpo estaria fechado e protegido dos miasmas pestíferos, enquanto que molhado e com seus poros dilatados o corpo estaria aberto, vulnerável. Assim nasce uma técnica de higienização do corpo alheia ao uso da água.
Contudo essa nova forma de cuidar do corpo era reservada à aristocracia, que se preocupava cada vez mais com a aparência. Era necessário exibir uma aparência sofisticada aliada a gestos e a um comportamento requintado. Neste reino de boas maneiras as mulheres aristocratas e educadas assumiam o papel de “arbiter elegantiarum”, juízas do gosto e da conduta masculina.
Os cuidados higiênicos e a preocupação com a aparência concentram-se nas partes expostas do corpo: mãos, colo e rosto. O pó-de-arroz, que até então era usado apenas no cabelo sem retirar suas impurezas, torna-se, no final do séc. XVI, elemento fundamental na limpeza física como também na aparência. No séc. XVII nenhum aristocrata respeitável aparecia em público sem estar com pó-de-arroz, a sua ausência era uma inconveniência higiênica e moral, pois só os burgueses e pobres que se apresentavam com o “cabelo preto e gorduroso”.
O uso de perfumes também era um sinal de status social. Ao produto eram atribuídas várias virtudes, como a eliminação ou dissimulação de odores desagradáveis, ao mesmo tempo em que servia de desinfetante e de purificador. Acreditava-se que eliminando os odores, o aroma do perfume eliminava junto os vapores infecciosos e os miasmas contagiosos, deixando o corpo protegido.
Como o aparentar estar limpo era uma garantia de probidade moral e de posição social, as camadas médias e elevadas da sociedade davam à roupa branca uma importância vital, uma vez que o aspecto imaculado deste tipo de vestuário estava associado à pureza da pele que cobria. A roupa branca absorvia a transpiração, e acreditava-se também que tinha o poder de atrair as impurezas preservando assim a saúde de quem às usava. Conseqüentemente a roupa branca foi substituindo a função purificadora da água, considerada uma segunda pele, protetora da epiderme. No séc. XVII era essencial a mudança diária de roupa íntima como higiene, no entanto, essa troca constante de peças íntimas estava reservada ás pessoas de maior poder aquisitivo, já que a maioria da população não detinha recursos financeiros suficientes, dispondo somente de uma única peça de roupa que usavam durante dias.
Aparência, beleza e cosméticos.
O ideal de beleza feminino do período moderno foi construído durante o renascimento, quando a mulher era sempre representada com um corpo de contornos roliços e suaves, quadris largos e seios fartos. Mas para isso era necessário desfrutar de uma boa e variada alimentação, sendo assim, possuir uma gordura saudável era atributo dos ricos, enquanto que a magreza era considerada feia, pouco saudável e sinal de pobreza.
Nesse período começa a se criar um modelo de comportamento (e de vestir) da mulher para que ela se diferenciasse do homem. Cada movimento, cada gesto feminino deveria refletir a delicadeza e a ternura que se esperava agora das mulheres, em contraste com a virilidade masculina.
O uso de pinturas e cremes também auxiliava na busca pela beleza padrão. Contudo, algumas misturas de cosméticos acabavam tornando-se prejudiciais a saúde das usuárias devido à adição de substancias nocivas como, por exemplo, o mercúrio. Substancia extremamente tóxica que causava um efeito escurecedor na pele e nos dentes. Recaia sobre a maquiagem a acusação de que o seu uso tirava a humanidade do rosto da mulher, deixando a irreconhecível diante de Deus. Acreditava-se também que a preparação de muitas receitas envolvia rituais de feitiçaria.
As mulheres buscavam basicamente corrigir alguns defeitos e ou melhorar o aspecto natural.
· Para clarear os cabelos: ficar horas expostas ao sol, protegendo, no entanto, a clareza do rosto; lavar com suco de limão, aplicando enxofre ou açafrão;
· Para deixar a testa alta e arredondada (ainda moda no séc. XVI), arrancavam cuidadosamente os cabelos da frente;
· Arrancavam também as sobrancelhas, às vezes completamente, outras somente para afiná-las e escurecê-las para contrastar com os cabelos claros e se enquadrar aos olhos negros;
· As pestanas, consideradas inestéticas, eram completamente arrancadas;
· O rosto, o pescoço, os seios e as mãos eram pintados de branco, cor associada à pureza, à castidade, à feminilidade e à beleza, contrastava com o tom mais escuro e vigoroso dos homens;
· Era realçado por pequenos toques de rouge em pontos estratégicos como nas maçãs do rosto, ouvidos, queixos, mamilos (quando exibidos) e pontas dos dedos, para dar impressão de aparência saudável.
Uma tradição oral e literária atribuía ás mulheres uma lista de belezas, ao longo do séc. XVI desenvolveu-se uma tradição literária conhecida como “blason” um poema em honra dos encantos de uma dama. A mulher ideal possuía não manos que trinta e três perfeições;
· Três longas: cabelos, mãos e pernas;
· Três pequenas: orelhas, dentes e seios;
· Três largas: testa, peito e ancas;
· Três estreitas: cinta, joelho e “o sítio onde a natureza colocou tudo que é doce”;
· Três grandes (mas bem proporcionadas): altura, braços e coxas;
· Três finas: sobrancelhas, dedos e lábios;
· Três pequenas: boca, queixo e pés;
· Três redondas: pescoço, braços e...;
· Três brancas: gargantas, dentes e mãos;
· Três vermelhas: faces, lábios e mamilos;
· Três pretas: sobrancelhas, olhos e “o que você deve saber”.
Obra anônima do séc. XVIII. “A mulher bela”.
“As mulheres do terceiro estado nascem quase todas sem fortuna; a sua educação é muito descuidada ou muito defeituosa e consiste em mandá-la para a escola, para a casa de um mestre que não sabe sequer uma palavra da língua que ensina. Elas continuam a ir para lá até saberem ler o ofício da missa em francês, e as vésperas em latim. Cumpridos os primeiros deveres da religião, ensinam-lhes a trabalhar; com quinze ou dezesseis anos, podem ganhar cinco ou seis soldos por dia. Se a natureza lhes recusou a beleza, casam sem dotes com artesões infelizes, e vegetam penosamente nos confins das províncias e dão luz a crianças que não conseguem educar. Se pelo contrário, nasceram bonitas, sem cultura, sem princípios, sem idéias de moral, tornam-se presa fácil do primeiro sedutor, cometem a primeira falta, vêm a Paris para esconderem a sua vergonha, acabando aqui por perdê-la inteiramente, e morrem vítimas da libertinagem”. (Mais uma vez, de onde estão vindo essas citações?)

SEXUALIDADE

Na idade média, apesar do forte apelo religioso permeando todos os meandros da sociedade européia, os homens e as mulheres possuíam certa liberação sexual se comparados com os seus descendentes modernos. As classes mais baixas da sociedade não tinham uma noção absolutamente castiça do sexo fora do casamento e Tomás de Aquino não vê problema algum em realização carnal entre o casal, desde que a reprodução seja a finalidade ultima. O sexo não possuía, até então, uma conotação de proibido associado ao demoníaco.
Na França, até uma devastadora epidemia de sífilis no fim do séc. XVI, os bordeis eram incentivados pelas municipalidades locais; mas com a reforma e seu efeito colateral: a contra-reforma, é que vai ser lançada uma campanha mais pungente, por parte do estado absolutista em formação e o clero preocupado em não perder mais poder, no sentido de repressão sexual, em todos os níveis: desde a reafirmação da virgindade como fundamental para um casamento até a opressão do prazer sexual mesmo entre casais já casados. Um maior controle social calcado na vigilância dos costumes passa a ser a tônica do processo civilizatório em marcha na Europa Ocidental.
Estamos (séc. XVII) em pleno desenvolvimento do já citado processo civilizatório e não é de se estranhar que os legisladores da época se preocupassem, não só com os direitos gerais, mas também com os direitos morais, o pudor passa a ser símbolo de distinção social, status e segregação para com as classes menos favorecidas. Passa a ser obsessão dos inquisidores as práticas sexuais de homens e mulheres europeus e de tal jeito que seu próprio cônjuge pode vir a ser um vigilante de sua retidão e de tendências não aceitáveis.
É estabelecida a diferença entre o que seria um intercurso sexual aceitável e o não aceitável, sendo que o não aceitável era tudo aquilo que não fosse o homem sobre a mulher, sendo que os dois se olhando face a face. A paixão sensual, mesmo dentro do casamento era combatida, o amor a Deus deveria vir em primeiro lugar; a simples associação da mulher pudica com a prostituta era ofensa grave; o que contribuiu para a estigmatização pejorativa das profissionais do sexo, vistas agora como agentes do diabo, como algo a ser banido.
Porém entre a ‘ralé’ essa pressão moralizante e puritana não teve esse impacto tão imediato, os laços ancestrais falavam mais alto, a cultura popular sobrevivia, apesar de fortemente combatida, apesar de ser vista como uma cultura atrasada e condenada ao desaparecimento. Certas práticas de sexo pré-marital eram estimuladas, como a maraichinage, praticada na região da Vendéia, França; uma pratica sexual pré-nupcial, aceita pela sociedade local que consistia em reunir três ou quatro casais num mesmo ambiente, onde a troca de carinhos era permitida até o ponto da defloração e era justamente para impedir que isto ocorresse, é que um casal “fiscalizava” o outro para evitar este excesso. Nota-se a despreocupação com a função reprodutora do sexo, o prazer é sentido sem culpas.
É digna de nota, também, a descoberta do clitóris pelo anatomista Renaldo Colombo em meados do séc. XVI. É interessante notar que, o orgasmo feminino não tinha uma compreensão de sua função dentro do sexo e durante muito tempo acreditou-se que se a mulher se masturbasse após a relação, seu útero se abriria de tal forma que ela geraria belos filhos. Já a masturbação masculina foi incluída como crime contra a natureza.
No Brasil, as visitações do Santo Ofício oferecem um panorama, um tanto limitado, da sexualidade colonial; a sodomia era o maior objeto de preocupação dos inquisidores, mas como sempre, a falta de informação acerca do corpo da mulher e de sua sexualidade, não deixava claro se a mulher poderia praticar sodomia, para eles sem penetração não poderia haver a consumação do ‘ pecado inominável ‘.
Portanto, durante a Idade Moderna, a Europa assistiu a recrudescencia da sexualidade, a ilegalidade do prazer, a imoralidade do afeto, isso por todo o continente e na América, afinal, na contenção dos instintos sexuais tanto reformadores como contra-reformadores concordavam. Gerações inteiras se martirizavam em culpas, por sentir o mais natural de todos os instintos.



A BRUXARIA E AS MULHERES NA IDADE MODERNA

A magia simpática (aquela em que por meio de rituais os homens tentam controlar a natureza) surge no período Neolítico simultaneamente em várias partes do mundo. Em várias regiões da Europa, onde hoje se localiza a Irlanda, Inglaterra, País de Gales, Escócia, indo até o Sudoeste da Itália e a região da Britânia na França, nasce a Wicca. Quando os Celtas invadiram a Europa, quase mil anos antes de Cristo, trouxeram suas próprias crenças, que, ao se misturarem às crenças da população local, originaram o sistema que deu nascimento à Wicca. Com a rápida expansão desse povo, ela foi levada para regiões onde se encontram Portugal, Espanha e Turquia. A sociedade Celta era Matriarcal. Homens e mulheres tinham os mesmo direitos, sendo a mulher respeitada como Sacerdotisa, mãe, esposa e guerreira, participando das lutas ao lado dos homens. O culto da Grande Mãe e do Deus Cornífero predominaram nas regiões da Europa dominadas pelos Celtas, até a chegada dos romanos, que praticamente dizimaram as tribos Celtas, que nessa época já estavam sendo dominadas pelos Druidas, que representavam uma introdução ao patriarcalismo.
Princípio Feminino ou Grande Mãe
A Grande Mãe representa a Energia Universal Geradora, o Útero de Toda Criação. É associada aos mistérios da Lua, da Intuição, Na Wicca, a Deusa se mostra com três faces: a Virgem, a Mãe e a Velha Sábia, sendo que esta última ficou mais relacionada à Bruxa na Imaginação popular. A Deusa Tríplice simboliza os mistérios mais profundos da energia feminina. Da mesma forma que toda luz nasce da escuridão, o Deus, símbolo solar da energia masculino nasceu da Deusa, sendo seu complemento, e trazendo em si os atributos da coragem, pensamento lógico, fertilidade, saúde e alegria. Na Wicca, o Deus nasce da Grande Mãe, cresce, se torna adulto, apaixona-se pela Deusa Virgem, eles fazem amor, a Deusa fica grávida, o Deus morre no inverno e renasce novamente, fechando o ciclo do renascimento, que coincide com os ciclos da Natureza, Para alguns, pode parecer meio incestuoso que o Deus seja filho e amante da Deusa, mas é preciso perceber o verdadeiro simbolismo do mito, pois do útero da Deusa todas as coisas vieram, e, para ele, tudo retornará. E, se pensarmos bem, as mulheres sempre foram mães de todos os homens.
Desde a mais remota antiguidade, as mulheres eram as curadoras populares, as parteiras, enfim, detinham saber próprio, que lhes era transmitido de geração em geração. Em muitas tribos primitivas eram elas as xamãs. Na Idade Média, seu saber se intensifica e aprofunda. As mulheres camponesas pobres não tinham como cuidar da saúde, a não ser com outras mulheres tão camponesas e tão pobres quanto elas. Elas (as curadoras) eram as cultivadoras ancestrais das ervas que devolviam a saúde, e eram também as melhores anatomistas do seu tempo. Eram as parteiras que viajavam de casa em casa, de aldeia em aldeia, e as médicas populares para todas as doenças.
Foi somente na Idade Média que a Bruxaria foi relegada às sombras com o domínio da Igreja Católica e a criação da Inquisição, Muitas das vítimas da Inquisição não eram Bruxas, e sim, pessoas com problemas de saúde, doenças mentais, deficiências físicas ou somente o alvo da suspeita e inveja do povo. Também era comum se acusar pessoas para tomar seus bens, pois esses eram divididos entre os inquisidores. No período que vai do fim do século XIV até meados do século XV III que aconteceu o fenômeno generalizado em toda a Europa: a repressão sistemática do feminino. Estamos nos referindo aos quatro séculos de “caça às bruxas”.
Na Europa moderna as mulheres em geral, e certos tipos de mulheres em particular, eram acusáveis do crime de bruxaria. Solteironas, viúvas, qualquer mulher que não dependesse economicamente de um homem. Principalmente quando a acusada tinha alguma fortuna a ser confiscada. Além da questão econômica, há também muitos casos de mulheres pobres condenadas como bruxas por crimes “sexuais”. Em Toledo na Espanha 85% das mulheres condenadas pertencia ás camadas populares e foram acusadas de enfeitiçar e seduzir os homens, principalmente os do clero.
Deirdre English e Barbara Ehrenreich, em seu livro Witches, Nurses and Midwives (Bruxas, Parteiras e Enfermeiras) publicado em 1973 (The Feminist Press), nos dão estatísticas aterradoras do que foi a queima de mulheres feiticeiras em fogueiras durante esses quatro séculos. A extensão da caça às bruxas é espantosa. No fim do século XV e no começo do século XVI, houve milhares e milhares de execuções - usualmente eram queimadas vivas na fogueira - na Alemanha, na Itália e em outros países. A partir de meados do século XVI, o terror se espalhou por toda a Europa, começando pela França e pela Inglaterra. Um escritor estimou o número de execuções em seiscentas por ano para certas cidades, uma média de duas por dia, ‘exceto aos domingos’. Novecentas bruxas foram executadas num único ano na área de Wertzberg, e cerca de mil na diocese de Como. Em Toulouse, quatrocentas foram assassinadas num único dia; no arcebispado de Trier, em 1585, duas aldeias foram deixadas apenas com duas mulheres moradoras cada uma. Muitos escritores estimaram que o número total de mulheres executadas subisse à casa dos milhões, e as mulheres constituíam 85% de todos os bruxos e bruxas que foram executados.
Escrito em 1484 pelos inquisidores Heinrich Kramer e James Sprenger, o Malleus Maleficarum foi, Durante três séculos, a bíblia dos Inquisidores e esteve na banca de todos os julgamentos. Quando cessou a caça às bruxas, no século XVIII, houve grande transformação na condição feminina. A sexualidade se normatiza e as mulheres se tornam frígidas, pois orgasmo era coisa do diabo e, portanto, passível de punição. Reduzem se exclusivamente ao âmbito doméstico, pois sua ambição também era passível de castigo. O saber feminino popular cai na clandestinidade, quando não é assimilado como próprio pelo poder médico masculino já solidificado.
As teses centrais do Malleus Maleficarum são as seguintes:
· O demônio, com a permissão de Deus, procura fazer o máximo de mal aos homens a fim de apropriar-se do maior número possível de almas.
· E este mal é feito prioritariamente através do corpo, único “lugar” onde o demônio pode entrar, pois “o espírito [do homem] é governa­do por Deus, a vontade por um anjo e o corpo pelas estrelas” (Parte 1, Questão 1). E porque as estrelas são inferiores aos espíritos e o demônio é um espírito superior, só lhe resta o corpo para dominar.
· E este domínio lhe vem através do controle e da manipulação dos atos sexuais. Pela sexualidade o demônio pode apropriar-se do corpo e da alma dos homens. Foi pela sexualidade que o primeiro homem pecou e, portanto, a sexualidade é o ponto mais vulnerável de todos os homens.
· E como as mulheres estão essencialmente ligadas à sexualidade, elas se tornam as agentes por excelência do demônio (as feiticeiras). E as mulheres têm mais conivência com o demônio “porque Eva nasceu de uma costela torta de Adão, portanto nenhuma mulher pode ser reta” (1,6).
· A primeira e maior característica, aquela que dá todo o poder às feiticeiras, é copular com o demônio. Satã é, portanto, o senhor do prazer.
· Uma vez obtida a intimidade com o demônio, as feiticeiras são capazes de desencadear todos os males, especialmente a impotência masculina, a impossibilidade de livrar-se de paixões desordenadas, abortos, oferendas de crianças a Satanás, estrago das colheitas, doenças nos animais etc.
· E esses pecados eram mais hediondos ao que os próprios pecados de Lúcifer quando da rebelião dos anjos e dos primeiros pais por ocasião da queda, porque agora as bruxas pecam contra Deus e o Redentor (Cristo), e, portanto este crime é imperdoável e por isso só pode ser resgatado com a tortura e a morte.
AS MULHERES E O TRABALHO

Quando nascia, a mulher passava a proteção de um homem. O pai era o seu primeiro responsável. Era ele que iria sustentá-la e protege-la até o momento em que estivesse preparada para o casamento. Quando este momento chegasse, o pai, então, negociaria com o noivo o casamento de sua filha. A negociação girava em torno do dote que a família da noiva ofereceria ao noivo. Dote este que garantiria o bem-estar futuro da mulher junto ao marido. Quando casava, a mulher passava a ser responsabilidade do marido.
Por possibilitar novas relações, o casamento era um negócio importante para a família da noiva, que aspirava com esse negócio ascender na escala social.
Falar de trabalho da mulher na idade moderna é abordar, analisar apenas a classe mais baixa da população moderna. Apenas as mulheres pobres trabalhavam. Assim como foi falado anteriormente, as mulheres precisavam de um dote para casar, e isto nas classes pobres, estava intimamente ligado ao trabalho, pois era a própria mulher que oferecia seu dote. É, portanto, interessante mostrar que o modelo explicado no primeiro parágrafo não se aplica inteiramente a todas as classes sociais, e sim apenas as classes mais altas da população.
O casamento era a perspectiva de todas as mulheres das classes trabalhadoras, pois, idealmente, era a garantia de uma vida melhor, de uma vida de trabalhos compartilhados e, portanto, de melhores rendas.
A jornada que essas mulheres teriam que encarar, no entanto, não era fácil. “Era a compreensão dessa realidade que levava cerca de oitenta por cento das raparigas do campo a deixar a casa da família por volta dos doze anos de idade [...] para começarem a apetrechar-se para a altura em que poderiam casar-se”. Essa jornada compreenderia cerca de dez a doze anos da vida dessa jovem. Tentaria, então, nesse tempo, acumular um dote que lhe proporcionasse um casamento. “Infância era curta para as filhas dos pobres”. Além do objetivo do casamento, essas mulheres precisavam trabalhar para garantir o seu próprio sustento, pois sua família não podia sustentá-la sozinha.
As moças do campo concorriam a um trabalho que as mantivesse perto de suas famílias: trabalho em quintas, principalmente em quintas leiteiras, onde o fabrico de queijo e manteiga era de inteira responsabilidade das mulheres. Justamente por ser tão vasta a procura por esse tipo de emprego, a muitas mulheres não restava outra opção que a mudança para centros urbanos.
É inevitável que se pergunte: como essas moças conseguiam esses empregos? A maiorias dos empregos obtidas pelas mulheres eram determinadas pelos contatos familiares. Havia na Inglaterra as chamadas “Feira dos Criados”, que eram feiras para onde os trabalhadores se dirigiam em determinado dia do ano, cada um levando o instrumento do seu trabalho, para tentar atrair a atenção de um empregador. No entanto, os contatos familiares prevaleciam ma obtenção de empregos.
Como foi mencionado, o emprego em quintas não podiam absorver todas as moças do campo. As moças que não conseguiam esse tipo de emprego dirigiam-se aos centros urbanos para procurar algum tipo de ocupação, na sua maioria, como criadas domésticas. Essas mulheres seguiam para lugares onde já se encontravam outras conhecidas suas, parentas ou vizinhas.
Como criadas domésticas essas moças obtinham empregos através de contatos familiares ou através de conhecidas suas que trabalhavam ou haviam trabalhado em determinadas casas.
Essas moças quando ingressavam em determinado tipo de emprego, entre outros, cozinheiros, lacaios, mordomos, lavadeiras, ajudantes de cozinha, criadas de quarto, damas de companhia, etc., começavam pelos serviços mais baixos, como criada para todo o serviço, “levar e trazer trouxas pesadas de roupa ao lavadouro público, vazar latrinas, transportar carrego de legumes”. Podiam, no entanto, subir na hierarquia dos serviços domésticos e aspiravam, sobretudo, as funções de criadas de quarto ou damas de companhia - topo da hierarquia dos serviços domésticos. É importante observar que essa hierarquia, que abrigava homens e mulheres, a maioria dos trabalhos femininos situava-se no nível mais baixo.
Apenas as famílias mais ricas poderiam se servir de um grande número de criados. A quantidade de criados definia o status social dessas famílias. Quanto maior o número de criados, portanto, mais alto era o status do empregador. Outras famílias, no entanto, empregavam os serviços das criadas domésticas. As famílias mais modestas geralmente apenas uma criada, que seria responsável por todo tipo de trabalho, e também eram empregadas por comerciantes.
As criadas constituíam o maior grupo trabalhador na sociedade urbana, chegando a 12% da população total de qualquer vila ou cidade européia nos séculos XV11 e XV111. Nas aristocracias empregavam-se em média trinta criados. A pequena nobreza e os setores mercantis urbanos uns seis ou sete. Podia-se definir como pobre no século XV11 quem não tivesse ao menos três criados.
As escolas de caridade que se desenvolveram no século XV11 podem ter sido responsáveis pela elevação dos padrões de educação exigidos as moças que se propunham a tornar-se criadas.
A educação recebida valorizava as virtudes de limpeza e uma apresentação pessoal bem cuidada. O que era difícil, devido às condições de habitação dos pobres, além das dificuldades de se obter água, e em ter mudas de roupa, não era fácil atingir esse ideal.
A escola da caridade também ensinava deferência e o respeito pela honestidade e pela sobriedade, atributos que contavam no mundo dos serviços domésticos.
As zonas industriais também absorviam o trabalho de muitas mulheres. “O trabalho feminino barato foi um elemento chave no desenvolvimento das indústrias têxteis européias”. A indústria da seda, por exemplo, necessitava do trabalho feminino para muitas de suas fases, “a força de trabalho feminina era cinco vezes mais numerosa do que a masculina”.
O fabrico de renda é de total responsabilidade das mulheres, desde a compra do fio bruto até a venda do produto final. Isso possibilitava que essa indústria fosse organizada para facilitar a acumulação de um dote pelas jovens. Apesar de ser o mais caro dos produtos têxteis, as jovens recebiam salários miseráveis por estes trabalhos. Essa era talvez a causa de algumas mulheres organizarem dormitórios de rendeiras, para garantir um melhor preço pela venda do produto. Essas mulheres também dirigiam casas comunais para que as mulheres já casadas continuassem com o trabalho da renda e dividissem a “iluminação e uma panela de sopa comum”. Alguns conventos também ofereciam uma oportunidade a muitas moças e ensinava-lhes a arte de renda sem cobrar nada. Esta atividade necessitava de muitos anos para ser adquirida e, quando as moças estavam aptas para a produção, os conventos tiravam uma parte de seu salário para a acumulação do dote.
Uma moça podia ascender a puxadora nas indústrias têxteis, acumulando um bom pecúlio e uma vasta experiência industrial. Era a esposa ideal para qualquer aprendiz industrioso, pois poderia pagar a sua carta de mestre e contribuía para o funcionamento de uma nova oficina.
Como exceção a regra dois grupos de mulheres tinham, em torno de 1600, abandonado a noção de que toda mulher necessitava de um dote para atrair um marido. Entendiam que era necessário aprender um ofício. Nas aldeias industriais onde os rendimentos eram superiores aos da agricultura e nos setores de artesanato, estas circunstâncias faziam sentido.
Nas aldeias as pessoas casavam-se cedo, porque não havia necessidade de acumulação de um dote.
O problema era quando havia uma crise na indústria, então uma ou duas gerações entravam numa crise de pobreza. Com o tempo, seus sucessores eram forçados por necessidade a retornarem ao serviço doméstico.
Outro tipo de trabalho feminino eram as atividades vinculadas à moda: fabrico de capas, luvas ou chapéus. Consideradas tipicamente femininas, estas atividades eram mal remuneradas: em Londres foram denominadas "trabalho de indigentes".
É importante salientar que nos onde as moças tinham que morar com o patrão - por exemplo, a indústria da seda onde as moças dormiam nos teares - dos seus salários era subtraído os custos de sua alimentação e moradia, e o restante era guardado pelo patrão para acumulação do seu dote. Observa-se aí que o patrão assume a forma paternal e passa a ser responsável por essa jovem.
Apesar de trabalhar para se sustentar e para acumular seu dote, as mulheres não podiam ser totalmente independentes e tinham de estar ligadas de alguma forma a um homem, seja ele o pai, o marido ou mesmo o patrão. A mulher independente era vista pela sociedade com desprezo.
A vida dessas mulheres não era, portanto, fácil. A luta começava muito cedo e o futuro era incerto. Algumas conseguiam êxito e acumulavam uma boa soma e garantiam um casamento satisfatório. Essa é uma parcela bem pequena das mulheres trabalhadoras. Algumas não obtinham tanto êxito, mas conseguiam acumular uma modesta soma. A maioria, no entanto, não obtinham sucesso na empreitada e continuava vivendo miseravelmente. Muitas mulheres nasciam em tão extrema miséria que não recebiam a mínima educação, mesmo para ocupar os mais baixos níveis do trabalho doméstico e ficavam morando nas ruas dos centros urbanos, vítimas de doenças e de grande miséria.

CONCLUSÃO

A Idade Moderna foi um período bastante crítico para todas as mulheres ocidentais em geral, independente de classe social elas foram reprimidas em sua sexualidade, sua liberdade de expressão, sua cultura secular e seu saber acumulado por essa mesma cultura. Num sistema político e econômico patriarcal, em que o homem possui a função central e a mulher relegada ás tarefas caseiras e familiares. Para Foucault, é durante a criação do projeto de modernidade que a mulher assume o papel de mantenedora dos costumes e vigilante do processo de retidão dos filhos sendo, portanto, a peça chave na instauração do sistema panóptico de sociedade.
Em meio a movimentos liberais que ocorrem por toda a Europa durante a idade moderna a mulher emancipa-se, desvincula-se das funções caseiras e toma espaços no mercado, na divisão social do trabalho que antes eram exclusivamente masculinos, sobretudo funções de liderança. Se algum tempo atrás apenas mulheres pobres trabalhavam fora (geralmente em tarefas domésticas), o capitalismo e o processo civilizatório trouxeram a todas mulheres a necessidade do trabalho, da auto-suficiência econômica.
É também nessa época que a preocupação com o corpo, com a etiqueta doméstica, com os costumes cotidianos se tornam símbolos de diferenciação social, o que empurra as mulheres para a condição de meros reflexos do ideal masculino de beleza, não importando o quão sacrificante seja atingi-lo.
bibliografia

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MONZANI, Luiz Roberto.Desejo e prazer na idade moderna. UNICAMP. 1995.
BAUER, Carlos. Breve história da mulher no mundo ocidental. XAMA. 2002.
FOUCAULT, Michel. A Mulher os rapazes. PAZ E TERRA. 1997. Ao longo do seu trabalho vocês citam autores que não lera, ou seja, vocês os leram através nos livros, citados pelos autores que vocês leram. Deve-se deixar claro para os leitores quais foram as obras a que vocês tiveram acesso direto e as obras das quais você só as tocaram indiretamente. Procurem estudar como fazer citações.

3 comentários:

Anônimo disse...

Parabéns pelo texto, me foi muito útil.
A precisão dos detalhes e a maneira simples da escrita é que enriqueceu o texto, segundo minha opinião.
Serenissima

Anônimo disse...

Agradeço por ter disponibilizado esse texto na rede, achei muito interessante. parabéns.

Anônimo disse...

obrigada.seu texto me ajudará a compor outros.