sexta-feira, abril 13, 2007

não se deixar vencer

A cada dia são muitos a assuntos que desejo comentar, entretanto a escolha é difícil. Gosto de utilizar esse espaço para cultivar a memória, mas tembém gosto da idéia de refletir sobre os atuais acontecimentos.
Para mim é difícil fugir das questões politicas, de construção da cidade e da cidadania. Ao escrver sobre esse assunto devo dizer a minha frustração com a inércia dos governantes do meu país, do meu estado e de minha cidade, diante do desamparo que vivemos quando dependemos do serviço público.
Durante muitos anos recusei pagar um plano de saúde, pois já pago imposto de renda e seguridade social. Mas vi meu pai no abandono de um hospital público e experimentei a dificuldade de marcar uma consulta para iniciar um tratamento.
Gosto da noite, mas temo sair, pois se saio não me sinto protegido, pois não há policiamento após as 18 horas, nem mesmo para garantir o retorno para casa.
A cada dia vejo nos jornais que a sociedade está entregue ao descaso, enquanto deputados e presidente discutem o aumento do salário deles - acima de 20%, enquanto já ficou definido que os funcionários públicos que cuidam da saúde e da educação deverão receber cerca de 1%.
Recebi hoje um carta eletrônica de um amigo pedindo a pena de morte. ele está sofrido pela morte de uma professora, nossa colega, assassinada em seu carro, enquanto esperava a mudança do sinal. A ela os fora-da-lei decretaram pena de morte. Não quero ser igual a eles. Eu prefiro continuar pensando e desejando que caia um pouco de vergonha nos dirigentes desse país, para que eles mintam menos, que enganem menos.
Gostaria tanto de voltar a acreditar que esse antigo torneiro mecânico é capaz de pensar um pouco no Brasil e menos no usufruto pessoal do poder. Se não tivermos cuiado, com a cara de avô e o sentimento de pena que ele cultiva por ter sido pobre é capaz de se se tornar o único...
Mas ainda acredito que a gente pode ao menos dizer que está indignado e não ter vergonha de afirmar que é necessário continuar a fazer, todo dia, alguma coisa para que o mundo seja melhor.

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