quinta-feira, janeiro 11, 2007

outra vez em Brasília

Estou no Distrio Federal desde ontem. Viemos: o Mestre Zé Duda, Luiz Caboclo, ambos do Maracatu Estrela de Ouro; Tarcísio Resende e Climário Oliveira, do Chá do Zabumba; Mariana Mesquita, Valéria Vicente e Afonso Oliveira. Este último é produtor cultural e está produzindo o que foi denminado de um seminário, com aula espetáculo, para o lançamento de vários Livros: os da Coleção Maracatu, Maracatuzeiros - Festa de Caboclo, João Manuel e Maciel e Maracatu como Espetáculo - e Batuque Book. O evento ocorre nesta noite no espaço cultural da Caixa Econômica, e é uma realização da Associação REVIVA, com o patrocínio da Caixa Econômica Federal, com o apoio do hotel Eron.
Esta é uma nova experiência para mim, ao menos aqui em Brasília. Estarei dividindo espaço co artista saídos dos canaviais da Zona da Mata Norte de Pernambuco, com artistas urbanos que interpretam e recriam a arte popular e com duas escritoras que apresentam suas idéias sobre como ocorrem os contatos entre a arte singela criada pelo homem rural comum e o mundo urbano.
Ao tempo em que nos preparamos, visitei, no Caixa Cultural duas belas exposições. Uma da Abril, mostrando cerca de quinhentas gravuras que foram feitas para ilustrar as revistas do grupo abril. Olhando-as podemos verificar o processo de criação dos ilustradores. Algo fascinante. Ainda pude ver como se conta histórias. Um grupo carioca diz que tudo que eu toco tem uma história e, desde um tapete, repleto de informações, ocorrem belas interações entre o que se vê e o que se pensa e recria. Também, no mesmo espaço, ocorria uma exposição de pinturas - a arte feminina - ao longo do século XX. Foi muito prazeroso olhar vários quadros de Anita Malfati e de Djanira enquanto ouvia músicas de Joyce.
Esta tem sido a viagem mais prazerosa em Brasília. Este trabalho tem sido mais interesaante, enquanto possibilidade de ver a cidade, que as outras vezes que aqui vim representando a Secretaria de Educação da Prefeitura da Cidade do Recife - Uma vez para discutir sobre a necessidade de colocar nas escolas públicas a questão das comundades afro-brasileiras, em 1987, quando estive ao lado do grande sociólogo Octávio Ianni; outra vez, e, 1988, para debater as Diretrizes da Educação de Jovens e Adultos, sob a coordenação da nossa querida Sylke Weber. Então foram trabalhos e só trabalhos. Outro dia voltarei a esse assunto.

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