quarta-feira, fevereiro 18, 2009

Fluxos de verbas e dignidade

Acontece todos os dias, sempre esse constante fluxo de informações, de questões que nos obrigam a pensar e, depois ter que compartilhar, para que não morra conosco, para que haja a oportunidade para outros, se desejam conversar, ou menos, pensar, além de penar.
Agora os deputados vão tornar público como utilizam uma tal de “verba idenizatória” que ele inventaram para eles mesmos. É assim, eles recebem um salário para pagar o trabalho e repor a força de trabalho que é consumida na função, como ocorre a todos os trabalhadores. Esse salário que eles recebem é trinta e duas vezes o salário mínimo. Eles dizem que gastam, nas suas bases algo que faz parte do seu trabalho e, assim, eles inventaram essa norma para repor no seu salário o que eles gastam por conta do seu trabalho. Essa verba é de R$15.000.00, quase o mesmo que op salário deles. Eles deveriam prestar contas desses gastos e, caso não utilizassem a verba, a devolveriam. Pois bem, eles nunca prestaram contas a quem paga. Ficou provado que grande parte (a gente não sabe o tamanho dessa parte porque essa informação não é pública, apesar do dinheiro ter saído dos cofres públicos). Isso seria legal se os trabalhadores recebessem uma verba idenizatória por pagarem a passagem de ônibus e a compra das roupas que usam para ir ao trabalho, uma vez que esses são gastos em função do seu contrato de trabalho. Aí tem gente que contrata a sua própria firma para trabalhar para ele com o imposto que a gente paga. Mas eles dizem que agora vão tornar isso público, daqui a 45 dias, porque os seus computadores precisam ser atualizados. Pelo que entendi, eles vão fazer, um por um, cada computador, por isso precisam de 45 dias, para organizar o programa. É capaz de fazerem uma licitação para saber se no Brasil tem alguma empresa capaz de fazer um programa de escaneamento, algo que nunca foi feito. Talvez não haja funcionários contratados, na Câmara, em número suficiente para essa tarefa. Uma coisa é certa:o Senado vai começar a discutir o assunto para ver se é possível tomar a mesma decisão “corajosa e transparente” da Câmara.

Enquanto isso, depois que Cássio Cunha Lima ter governado a Paríba por três anos,o Superior Tribunal eleitoral concluiu que os votos de Cássio Cunha Lima não têm validade e ele não deveria ter tomado posse, pois foram votos comprado. Agora, ficou decidido que a Paraíba terá um novo governador que vai terminar um mandato de quem governou, mesmo sem votos,pois ele era inocente até se provasse a sua culpa e ele pudesse fazer mais uma pedido de revisão das três sentenças já dadas. Enquanto isso, no Japão, um ministro renunciou porque esteve bêbado em uma reunião, e nos Estados Unidos uma senjhora não pode ser secretária porque contratou uma trabalhadora ilicitamente.

E nas páginas amarelas da revista Veja, Jarbas Vasconcelos voltou a ter a voz parecida com a que usava nos tempos da Ditadura, quando ainda não tinha experimentado o gosto do poder. Ele estar decepcionado com o PMDB que ele fundou. Depois, uma vez, ele ouviu Tancredo Neves dizer que o PMDB dele não era o PMDB de Arraes nem o PMDB de Jarbas. Vai ver que Tancredo gostaria de ter tido o PMDB de Renan e Sarney. Bem, quem levou Sarney da ARENA/PDS para o PMDEB foi Tancredo. Ah! Clio, como tús és terrível para que não te cultiva! Eles esquecem e tu lembras.

Tomara que Jarbas Vasconcelos faça mais palavras sair do seu coração e auxilie as pessoas entenderem que o atual momento, esse momento de consensos, silêncios e conchavos (conchavo é diferente de aliança) é um momento de louvor à mediocridade. E é bom não fazer alianças com amigos novos contra amigos antigos.

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