quarta-feira, maio 06, 2009

Eles querem nos vendar

Vez por outra a gente se surpreende com as coisas que estão vindo da capital federal. O interessante é a sua capacidade de não suspeitar que existe um país, uma nação além do aeroporto. Mal se consegue convencer que o dinheiro do povo não pode ser usado para pagamento de passagens para parentes, vem o presidente da República e diz que não acha nada de mais que se use o dinheiro do parlamento para que a esposa do parlamentar viaje com ele. Fico imaginando o que diria o presidente da República se os professores universitários, convidados para fazer palestra no exterior, sobre suas pesquisas, levasse à tiracolo a sua esposa, às expensas do Conselho Nacional de Pesquisa. Por menos que a farra das passagens, o Reitor da Universidade de Brasília perdeu a magnificência no tratamento por não saber tratar a coisa pública. Ora, senhor, não repita essa bobagem que deve ter sido dita só para agradar o apaixonado deputado Sílvio Costa, da base aliada, que usou dinheiro público para dar mimos ao seu amor.

Mas tem mais. Agora os deputados, e de todas as bases, os aliados aliados e os aliados da oposição, pretendem aprovar uma lei que obrigará os brasileiros a votar em lista fechada, definida pelos caciques dos partidos políticos. A isso eles estão chamando “reforma eleitoral”, e que poderemos chamar de uma garantia para que os mesmos que estão na câmara e no senado, hoje, possam se reeleger. Se o voto for de lista fechada, ninguém saberá mais em quem votou, pois serão eleitos aqueles que os partidos definirem como os primeiros da lista. Essa “reforma eleitoral” que fecha as possibilidades do eleitor promover mudanças no parlamento, está sendo costurada para ser posta em prática na próxima eleição. Vamos ficar atentos e conversar sobre esse assunto com o máximo de pessoas possíveis. Não podemos permitir que eles criem uma lei que nos obrigue a votar de olhos vendados.

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