terça-feira, novembro 28, 2006

No colégio Dom Vital

O ano de 1967, cursava o curso científico no Colégio Estadual Dom Vital, de Casa Amarela. O prédio ainda está no mesmo local, voltado para o Mercado de Casa Amarela. Lembro do colégio alegre, hoje me parece velho e feio. Onde era a entrada, hoje tem uma antena para alguma operadora de telefonia. Todo o muro está ocuipado, externamente por barracas. o Colégio Não é mais colégio. Caiu de posto. não é mais referência de ensino.
Eu estava de volta ao colégio onde eu terminara o curso primário. Era o turno que comeva às quatro horas da tarde e terminava pouco antes das sete da noite, quando se iniciava o norturno. Nesse período nos entramos em contato com a maneira estadunidense de estudar. Quando os russos colocaram o homem em órbita, dez anos antes, o governo dos EUA decidiu que devia fazer uma grande mudança no seu sistema educacional e que deveria formar técnicos e cientistas. Era necessário, para eles, superar os russos, os comunistas. Além dos esforços que eram realizados para evitar que os pobres se comprometessem com as idéias comunistas, o que era feito através de ações do Corpo da Paz, um organismo ligado à Aliança para o Progresso, começou também uma intereferência no sistema de ensino brasileiro. Essa foi a época do famoso acordo MEC-USAID que fez levantar os estudantes, antes do início do descaramento da ditadura. Nessa época chegaram às mãos dos estudantes livros que ficaram conhecidos pelas iniciais BSCS - Biologia; Phscs - Física, etc.. Esses livros traziam uma nova maneira de ensinar, com a possibilidade de refazer em laboratórios as experiências que haviam sido reaizadas pelos cientistas. Lembro bem desses livros que líamos mas não tínhamos os laboratórios necessários. Mais do que hoje, eu experimentava o laboratório virtual, pois ele só exitia na nossa imaginação. Mas a nossa classe não parece ter havido cientistas. Éramos humanistas.
Lembro de debates entre João Batista, Darcier - hoje professor na UFPE, e um jovem cearense, Jessé, que, depois vim a saber que participava do famoso grupo de Defesa da Tradição Família e Propriedade. Uma tarde ele levou-me a uma surcusal que funcionava no bairro de Santo amaro. Tomei chá, ouvi música clássica e vi algumas revistas. Uma única vez foi o suficiente. Não dava para suportar as conversas que me feriam a alma.
Foi uma experiência interessante os debates que fazíamos nas aulas de Históira, com a professora Zuleide. Todos éramos aprovados em matemática por falta do professor Moacir. O professor de Biologia parecia dormir na aula das 17 horas. Gostávamos muito, especialmete de acompanhar as moças bonitas após as aulas. Ainda que suas casa ficassem na direção oposta à nossa. Clara, Eliene, Elizabete (eram duas) mereciam.

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