Entre os anos de 1965 e 1967 estive envolvido em muitas atividades quye mesclavam a ação asocial do conselho de Moradores e a pastoral com jovens em Descoberta. Havia uma certa atração entre as atividades e , eram quase as mesmas pessaos que as realizavam. Não como havia como evitar a influência dos padres americanos. Jorge Van antwerp envolveu um bom número de senhores, enquanto Michel Jorissem e Heriberto Mansfield aproximavam-se dos jovens. Eu fiquei envolvido com os dois, não conseguia separar o compromisso social com o compromisso religioso. Para mim eram partes de um mesmo todo.
O Conselho de Moradores recebeu, para funcionar, o empréstimo de uma casa da paróquia, e lá eram realizadas as festas, as reuniões e cursos diversos. Havia curso de culinária e curso de alfabetização, também de madureza. Havia cursos de formação para liderança e reuniões que avaliavam quais as ações que deveriam ser realizadas na comunidade. Lembro de campanhas educacionais sobre o lixo, a criação de fornos crematórios no início das ladeiras, para que a população colocasse lixo nos locais assinalados; criação de abaixo assinados para a construção de escadarias, de chafarizes, pena dágua, etc. Havia também cursos de formação, keitura da realidade. Para isso contava-se com o apoio de universitários que vinham nos acompanhar, gente commo Denilson Falconiere, estrudante de medicina, mais tarde psiquiatra, Tereza Duere, mais tarde Deputada Estadual, Cristóvão Buarque, mais tarde Ministro da Educação e Senador da República, Antonio Bezerra, sociólogo, Tereza Campelo, psicóloga, mais tarde professora da UFPB, Tibúrcio Santos, Custódio Amorim e muitos outros, sendo esses os mais aproximados. Todo esse pessoal foi muito importante na minha formação, especialmente nas reuniões de estudos fechadas, que fazíamos na sacristia da matriz. Com eles fui apresentado ao estudo de textos maerxistas e os estudávamos ao mesmo tempo em que discutíamos a realidade que estávamos vivendo.
No outro lado, havia o trabalho de pastoral. Heriberto , tomando por base a experiência que eles trouxeram da América Central - o movimento De Colores, aqui ficou conhecido como Fermento. o De Colores é de origem espanhola e está ligado ao catolicismo conservador, conforme aprendi depois, Mas em Nova Descoberta os padres modificaram os temas e os adpataram à realidade local. Inicialmente era um encontro para homens de classe média e depois aceitou homens provenientes das paróquias onde os padres atuavam. O desafio que me foi feito era formar uma equipe de jovens e adaptar o Fermento para a juventude. Assim, voltei-me para o grupo Cruzada, do qual fiz parte, e formamos um grupo com Samuel Freitas, hoje parece-me que mora em Petrolina; Divanildo Pimentel, filho de Oscar Oliveira, dono de um armazém, Josenita Monteiro, atualmente professora de idioma francês no Reife, Josenita Arcanjo, de quem não sei i paradeiro, Severino Ramos, que também não sei o paradeiro. Oranizamos quatorze sessões de trabalho que culminavam com três dias de reflexão intensa (normalmente realizados no seminários que os padres Oblatos iam criar em Boa viagem. Eram realizadas 14 reuniões na casa de um jovem. Cada um dos líderes formavam um grupo de jovens com no mínimo 8 jovens e, ao término das 14 semanas íamos para esse encontro que chamávamosde Luz. Foi uma experiência interessante, pois discutíamos os temas próprios dos jovens - manoro, compromisso, individual, comporomisso social, estudo, trabalho, drogas, maternidade, paternidade, etc. , tomando as músicas que eram cantadas como motivação inicial, tudo junto com uma leitura e relfexão bíblica. Assim, eu entrei em contato com quase todos os morros de Nova Descoberta e fiz as mais diversas amizades enquanto estava sendo formado. Foram dessa época minhas primeiras leituras de Eric Froomm, Emanuel Mounier, Karl Marx, Karl Menheimen, etc.
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