segunda-feira, dezembro 11, 2006

Estatísticas e crianças

Diariamente somos atingidos por muitas estatísticas. Nesses tempos ditos pós modernos, a realidade ainda parece estar sendo medida por números e não apenas por emoções. Quando dizemos que a cada 1000 crianças nascidas no Brasil 33 morrem antes dos cinco anos de idade, conforme diz a ONU, logo em seguida, contendo ou explodindo emoções, o Ministério da Saúde diz que a ONU errou, pois não são 33, mas 27 as crianças mortas em cada mil. e isso faz muita diferença, especialmente se nenhuma dessas crianças pertence à família dos ministros ou de seus vizinhos. Na verdade, se fôssemos contar pelas crianças que vivem no mundo dos ministeriáveis o Brasil não estaria à frente apenas da Bolívia, da Guiana e do Suriname na América latina.
Outra estatística que ouvi hoje foi sobre os adultos alfabetizados. Descobriu-se que mais da metade deles não conseguem fazer relação entre o que leêm e a sua vida diária. em verdade eles são capazes de desenhar os seus nomes. Mas, disse um dos coordenadores do programa, eles estão prontos para continuar a serem alfabetizados. Para diminuir o número de crianças nas ruas, pedindo esmolas, os governos estuduais emunicipais estão oferecedo bolsa família - R$40.00 por mês. Temos aimentado o número de estudantes nas universidades com bolsas do pró-uni.
Para resolver esses problemas, as soluções que são postas em prática são pontuais, localizadas. Quando iremos entender que esses problemas (mortalidade infantil, analfabetismo, impossibilidade dos mais pobres - mulatos, mestiços, negros -)fazem parte de um todo?
Faltam políticas públicas, e público e autoridades que queiram fazer valer a cidadania de todos.

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