sexta-feira, dezembro 01, 2006

Duas nações? Uma esperança

Custa muito a crer que, um dia, vamos superar todos os males que os poderosos desse país têm feito ao povo dessa nação. É como se fôssemos duas nações: uma, a quem tudo é permitido, no sentido de roubar, manipular informações, promover absolvições antes que se dê início o processo, como foi o caso de Suassuana, o Sanguessuga; e outra, a nação representada por um pai desesperado que se prendeu em um poste , na Praça da República, em frente ao Palácio da Justiça, no centro da cidade do Recife, em protesto pela prisão de seus dois filhos, encarcerados sem provas e sem julgamento, lá se vão trinta dias. Uma nação gorda, super-alimentada das explorações realizadas sobre a outra nação esquálida, faminta de alimentos e reconhecimento de sua humanidade.
Embora custe muito a crer, ainda devemos crer e continuarmos a criar a esperança, evitando cair no jogo dos poderosos que fazem tudo para nos dividir - oferecem vantagens para alguns e esquecem outros e os alguns esquecem dos outros - e fazer do povo dessa nação brasileira, muitas nações. Não devemos nos esquecer que certo líder dos romanos antigos ensinava que dividir favorce o dominar. Não podemos simplesmente ir "levando", precisamos criar a levada.
Afinal, como nos lembra Darcy Ribeiro, o Brasil nasceu da Utopia, da Terra sem Males. Vamos nessa direção.

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