segunda-feira, dezembro 04, 2006

Notas para a história dos Institutos Teológicos em Pernambuco

Leio nos jornal deste domingo - 2/12 - que o Instituto Franciscano de Teologia de Olinda está encerrando as suas atividades. Este insitituo tem uma larga ascendência. A mais antiga é a Cursos superiores de Estudos, criado pelos franciscanos em 1596, para a formação de padres que serviram ao longo de uma parte da história do Império Português no Brasil. Embora os franciscanos sejam menos conhecidos que os jesuítas em sua tarefa educacional, não creio que seja de pouco valor a sua contribuição para a formação da parte da elite colonial. Infelizmente não temos documentos que ajudem a compreender melhor a saga dos Irmãos menores nesse afair no período dito colonial. A tarefa dos franciscanos, na área da educação veio a ser maracada na seguinda metade do século XIX pelo esvasiamento dos conventos, uma das conseqüências da política religiosa no governo de Pedro II. No final do século XIX, ocorreu um renascimento da Província de Santo Antonio, com a chegada de frades alemães que, entre outras ações, criaram casa de estudos em Lagoa Seca, na região do Brejo da Paraíba, recebendo futuros professos e frades de diversos pontos do Nordeste. Com poucos estudantes de teologia, era mais comum enviá-los para o Insitituto Teológico de Petrópolis.
A tradição mais recente do IFTO está localizada nos anos anos sessenta, a diminuição de candidatos ao sacerdócio em todo o Norddeste levou os bispos a fecharem muitas casas de formação e unir suas ações no Seminário Regional do Nordeste II -SERENE, e no Instituto de Teologia do Recife -ITER. Embora houvesse sido uma iniciativa dos bispos para a formação dos padres seculares, os superiores das ordens religiosas assumiram o projeto e passaram a enviar seus noviços e professos para o ITER, cerrando as portas de suas escolas teológicas. Na reogranização conserdora comandada pelo papa Jo9ão Paulo II, o ITER foi fechado e alguns superiores religiosos decidiram se unir e reativar os Cursos Superiores que toma o nome de Instituto Teológico Franciscano de Olinda, tendo eu participado desas conversações que envolveram os provinciais dos padres do Sagrado Coração, dos Capuchinhos e Oblatos de Maria. Era uma tentativa de garantior uma formação teológica com a perspectiva da região. Ministrei aulas de História da Igreja nos dois primeiros semestres dessa nova fase dos Cursos Teológicos. Ao mesmo tempoo Mosteiro de São Bento também reabriu a sua Escola Teológica, mas com uma visão oposta aos dos franciscanos. Depois de algum tempo os beneditinos fecharam as suas aulas por orientação vaticana, enquanto a Arquidiocese de Oinda e Recife fez ressurgir o Seminário de Olinda, não tanto na tradição de Azeredo Coutinho ou Hélder Câmara, mas mais aproximada de Cardoso Aires.
Lamemnta-se sempre o fechar uma escola, especialmente uma escola que pretendia refletir como ser padre no Nordeste.

Um comentário:

Anônimo disse...

oi pai, esse artigo merecia uma publicação no jornal local.