segunda-feira, novembro 05, 2007

Chorando pelos dedos

No final de semana passou tive a alegria de ouvir um belo espetáculo promovido pela LG produções e apoio da Associação REVIVA. Um encontro de Violões Bandolins, no belo espaço do Teatro de Santa Isabel. Gosto de ouvir o Choro dos bandolins, especialmente os choros de Jacob do Bandolim, a sua maneira de tocar. Como sabemos, mais que um ritmo, o chorinho é uma maneira de tocar, de fazer vibras as cordas dos violões, bandolins, cavaquinhos e, atingir os corações. Jacob fez-me sentir essas emoções tocando brasileiramente peças clássicas, com o conjunto Época de Ouro, apesar dos preconceitos que criamos contra o que nós criamos.
O bom daquela noite é que conheci Déo Rean, um seguidor de Jacob do Bandolin, no estilo de tocar, com simplicidade as cordas do instrumento e nos lançar no infinito mundo da música. O primeiro disco de Déo tem como título Chorando pelos dedos, ainda em longplay, lamçado algum tempo após a morte de Jacob. Foi apresentado desde então como o sucessor de Jacob do Bandolin
A noite foi para ouvir os inéditos de Jacob do Bandolin, com o Déo nos lembrando o Mestre. é o segundo disco compacto, gravado pelo discípulo, das obras que o Mestre não pode tocar.
Mas foi também um momento para ouvir o conjunto pernambucano, liderado por Marcus e por Spock. Pernamnbuco é um dos maiores centros cultores de Choro no Brasil. Na noite de virada do século, escutei, na cidade de Floresta do Navio, um grupo de chorões, bem no meio da praça, bem no meio da festa. Era o choro entrando no seu segundo século.
A belanoite terminou com o clássico Noites Cariocas.

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